sexta-feira, 30 de junho de 2017

Presidente da CCJ usará denúncia contra Temer como vitrine eleitoral


O presidente Michel Temer (PMDB) e seus principais aliados estão preocupados com provável fogo amigo do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG). Pela avaliação do Planalto, o deputado deve usar o cargo como vitrine eleitoral para 2018. Pacheco quer se candidatar ao governo de Minas Gerais.
O governo entende como “perda de tempo” esperar ajuda de Pacheco para unificar as denúncias contra o Temer vindas da Procuradoria Geral da República. O presidente é alvo de denúncia por corrupção passiva, mas espera pelo menos outra denúncias por obstrução de Justiça. O procurador geral da República, Rodrigo Janot, escolheu “fatiar” as acusações para forçar o governo a unificar a base aliada por duas vezes na Câmara para conseguir barrar as ações.
A estratégia parece ter surtido efeito. A base aliada de Michel Temer na Câmara entende que, através de manobras do Planalto, como distribuição de cargos e de Pacheco quer concorrer ao governo de Minas Gerais no próximo ano e liberação de verba, o governo consiga barrar a primeira denúncia. Porém, em caso de uma segunda votação na Casa, o desgaste pode ser muito grande às vésperas das eleições, podendo fazer parlamentares mudarem de lado para tentar a reeleição e manter o foro privilegiado.

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