segunda-feira, 3 de abril de 2017

Cid e Ciro ainda estão enrolados em caso de espionagem contra Roberto Pessoa


Em matéria neste domingo (2), a Folha de S. Paulo procurou saber a quantas anda o Caso Kroll, quando em 2013, Cid Gomes, então governador do Ceará, e o ex-ministro Ciro Gomes teriam contratado uma empresa de investigação norte-americana, a Kroll, para bisbilhotar, entre outras personalidade, a vida de Roberto Pessoa, ex-prefeito de Maracanaú e desafeto dos Ferreira Gomes.
O procedimento já tramitou no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que julga processos contra governadores (quando Cid era governador), Supremo Tribunal Federal (STF), que julga processos contra ministros (quando Cid era ministro da Educação), e, agora, está na Justiça do Ceará (Cid não desempenha mais nenhum cargo público), onde aguarda conclusão desde 2015.
Em 2013, o deputado federal Eudes Xavier (PT-CE), leu no Plenário da Câmara e-mails que diziam serem de Ciro, Cid e agentes públicos do governo. Os textos falavam em espionar Roberto Pessoa (PR).
Veja um e-mail atribuído a Cid Gomes:
“Nos próximos dias o Ciro deve lhe procurar para pedir algumas orientações, eu soube (…) que ele esteve em São Paulo com executivos da Kroll para tratar do assunto Roberto Pessoa, já tentamos fazê-lo recuar, mas sem sucesso, então peço-lhe que ajude na medida do possível sem envolver o governo nesse assunto”.
Contradição
Segundo a Folha, à época, o ex-governador pediu ao Ministério da Justiça “rigorosa investigação em torno das alegações apresentadas pelo deputado”.
Porém, ao ser chamado para prestar esclarecimentos sobre a investigação, tocadas pela Polícia Federal e Ministério Público Federal com autorização do STJ, Cid Gomes não respondeu aos órgãos.
“Não obstante o aviso de recebimento [de intimação] juntado à f. 104, o governador Cid Ferreira Gomes não apresentou as informações solicitadas”, disse a vice-procuradora-geral de Justiça Ela Wiecko em ofício.
Ao jornal, Cid e Ciro dizem que o texto dos e-mails atribuídos a ele são “absolutamente fantasiosos” e “invencionices” dos adversários. Ambos negam ter espionado ou tentado espionar adversários.
Cid também afirmou que não teve conhecimento do pedido de informações do Ministério Público Federal.

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