Por Fernando Brito, no Tijolaço - Daqui a pouco, para quem não assistiu, recoloco o discurso de Lula na "inauguração popular" da transposição das águas do São Francisco.
É ouvir e ver a multidão – alguém com muita propriedade, disse no Facebook que é bom lembrar que não é a Avenida Paulista, mas Monteiro, na Paraíba, com 30 mil habitantes – e perceber que só a violência pode impedir que Lula possa se tornar a esperança de arrancar o Brasil desta situação de carne podre que nos levaram.
Numa mesma tarde de domingo, um homem cercado por uma multidão, comemorando com os sertanejos a chegada da água há 200 anos prometida.
Do outro, um homúnculo gaguejando garantias aos estrangeiros de que a carne que, a muito custo, o país conseguiu exportar, não está arruinada pela conjugação de uma polícia espalhafatosa e de um ministro Salmonella (copyright Luis Costa Pinto) que se meteu em promiscuidades para segurá-lo à frente da fiscalização.
Dias atrás, com o povo devidamente "desinfetado" da paisagem a miniatura de presidente que temos posava num sertão, apesar da água, deserto.
Entre todas as abissais diferenças entre eles, nenhuma é maior que essa.
Um é fraco, covarde, omisso, e presta contas ao "mercado" com seu arrocho sobre os gastos sociais.
O outro, inteiro apesar do câncer, da perseguição implacável da mídia e de juizecos que nunca fizeram nada pelo povo brasileiro senão empinar o nariz, presta contas ao povo humilde, porque fez o que quase nunca se fez neste país.
E por isso mesmo é quem tem capacidade de catalizar a energia, a esperança e a força deste povo para arrancar o Brasil do monturo em que está soterrado.
Um é uma historinha mal contada, um acidente trágico do destino.
O outro é História, com H maiúsculo.
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