quinta-feira, 16 de março de 2017

Lula discursa em carro de som em protesto na Paulista


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou em protesto realizado nessa quarta-feira (15), na avenida Paulista, em São Paulo. Lula subiu no carro de som e manifestantes começam a gritar “Lula, guerreiro do povo brasileiro”. Segundo Luiz Dulci, dirigente do Instituto Lula, o ex-presidente resistiu a ir à manifestação por acreditar ser um ato de centrais. Mas ao saber da presença de representantes de outros partidos, resolveu comparecer.
Lula começou o discurso cumprimentando os professores. “Está ficando cada vez mais claro que o golpe dado nesse país não foi apenas contra a Dilma, contra os partidos de esquerda, foi para colocar um cidadão sem nenhuma legitimidade para acabar com as conquistas da classe trabalhadora ao longo de anos, com a reforma trabalhista e da Previdência”, afirmou. Ele disse que “embora o governo seja fraco, não tenha legitimidade, conseguiu criar uma força no Congresso Nacional que praticamente nenhum presidente conseguiu”.
“Eu gostaria que o Meirelles estivesse ouvindo, que o Temer estivesse ouvindo, que um dia nós resolvêssemos o problema da Previdência”, afirmou Lula. “Ao invés de fazer uma reforma para tirar direitos, gerem emprego, façam a economia rodar.”
“Somente quando a gente tiver um presidente legítimo a gente vai conseguir fazer esse país voltar a crescer, gerar emprego e recuperar a confiança.”
“Quem pensa que o povo está contente está errado”, afirmou Lula. “Esse povo só vai parar quando eles elegerem um presidente democraticamente.” No palanque, numa conversa com líderes sindicais, Lula disse que acredita na possibilidade de deter a reforma, dado o tamanho das manifestações.

Greve geral
“Não vamos negociar migalha com o Temer. Não vamos negociar com golpista”, afirmou Vagner Freitas, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), em fala anterior à do ex-presidente. O sindicalista disse que o ato de ontem “é só o primeiro. O próximo será maior. Nós não vamos negociar migalha com o Temer, não vamos negociar com golpista”. Freitas disse que, caso o governo não retire o projeto, Temer enfrentará “a maior greve geral que o Brasil já viu”.

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