A Segurança Pública é apontada como uma das prioridades do governador Camilo Santana para a gestão do Estado, ao lado de Saúde e Educação. Mesmo assim, o governador admite que os investimentos e ações ainda não resultaram na tranquilidade que a sociedade cobra. O próprio chefe do Executivo diz que espera mais das ações implementadas.
“Estamos trabalhando. Não estou satisfeito com a segurança. Estou agarrado com o problema. Fiz mudanças na Segurança, trouxemos um novo secretário, um jovem talentoso que é o secretário André Costa, mas com a experiência de 17 anos de Polícia Federal”, destacou Camilo ao exemplificar medidas adotadas para barrar o crescimento da violência no Estado.
Em uma bate-papo com usuários da rede social Facebook, que foi incorporado à agenda para às terça-feiras, Camilo Santana reafirmou que está atento ao problema. “Eu não vou sossegar enquanto a gente não entregar o Ceará, até o final do meu governo, com indicadores melhores na área da segurança e com mais tranquilidade na área da segurança. Para isso precisamos de mais efetivo, de mais equipamentos, trabalhar com mais inteligência, mais integrado com outras instituições e é isso que nós temos procurado fazer com muito esforço e com muita dedicação nesse momento de crise que o País enfrenta”, admitiu Camilo.
“Não tem milagre [para resolver os problemas da] segurança. Ou a gente aumenta o efetivo e investe mais em equipamentos e em inteligência e é isso que eu tenho procurado fazer”, disse ao responder sobre a insegurança no município do Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza.
Camilo disse, ainda, que durante uma viagem à China, que teve como objetivo atrair investidores para o Ceará, foi abordado por um empresário, que disse não conhecer, mas que “me perguntou se eu era de Fortaleza, que era um das cidades mais violentas do mundo”. “Aquilo me marcou. Porque é ruim quando o seu Estado, a sua capital tem uma imagem ruim lá fora”, pontuou.
O chefe do Executivo explicou que a primeira meta do governo foi “atacar” os indicadores de homicídios e comemorou a redução nos últimos dois anos que garantiu o Ceará como o “sétimo estado do País que mais reduziu o número de homicídios”. E, agora, a meta é reduzir o número de assaltos que, segundo afirmou, provocam a “sensação de insegurança que a população tem hoje em dia”.
BPRaio
Camilo também prometeu ampliar a atuação do batalhão Raio para cidades de pequeno e médio porte. “A Secretaria de Segurança Pública já está fazendo todo um trabalho e eu quero ampliar o Raio para cidades de médio e grande porte do interior do Ceará. Nós estamos com 14.400 homens iniciando a formação, do novo concurso da Polícia Militar, na Academia, e com essa equipe eu pretendo reforçar o policiamento. São 4.200 que eu quero incluir até o final do meu governo, só da Polícia Militar e nós vamos priorizar, não só os batalhões do Raio, que eu já vou abrir uma nova seleção.
A ideia, de acordo com o governador, é “pulverizar” a presença do raio na Região Metropolitana e no interior do Ceará uma vez que, segundo destacou, o batalhão especial é “o que há de melhor na polícia sob o ponto de vista da ostensividade e do preparo de uma equipe”. O governador informou que já está comprando motocicletas e armamentos para dar suporte aos novos profissionais da segurança. “Ninguém sozinho vai resolver o problema da segurança. É preciso trabalhar com a ostensividade da polícia, mas é preciso trabalhar com prevenção e educação”, ressaltou.
Crise
Durante 52 minutos, o governador respondeu a questões elaboradas por usuários da rede social e reafirmou ações realizadas pelo Estado nas áreas de Educação, Saúde, Segurança e para amenizar a crise hídrica.
Questionado sobre as ações do governo para fomentar a geração de empregos, Camilo Santana lembrou que este momento “tem sido muito difícil” em todo o País, por conta de “uma das piores recessões que o Brasil já enfrentou em décadas”.
Ainda segundo o governador, o Estado tem feito esforços para atrair novos investimentos. “A política que o Estado tem de estimular novos investimentos, primeiro é uma política de incentivos fiscais. Toda empresa paga um imposto ao Estado e para a gente atrair empresas para o Ceará a gente dá uma isenção desses impostos. Ou seja, ao invés da empresa pagar 17% de ICMS, tem empresa que paga 5%, outras pagam 10%, dependendo do número de empregos que a empresa gera e a distância que ela está da capital cearense”
Agenda
Hoje, o governador estará em Brasília onde cumpre agenda de reuniões com os ministros da Integração Nacional (Jader Barbalho); da Saúde (Ricardo Barros); e das Cidades (Bruno Araújo).
Na pauta dos encontros, temas como a Transposição do São Francisco; o custeio do Hospital Regional de Quixeramobim e a Linha Leste do Metrô de Fortaleza.
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