O Plenário do Senado ficou lotado para a entrega
do 16° Prêmio Bertha Lutz em comemoração ao Dia Internacional da Mulher,
celebrado no dia 08 de março. O presidente do Senado, Eunício Oliveira
(PMDB-CE), comandou a sessão solene do Congresso Nacional onde foi
entregue o Diploma Bertha Lutz a cinco mulheres que, em 2016,
contribuíram para a defesa dos direitos femininos e das questões de
gênero no país.
Em um discurso no Plenário, o presidente do
Senado reafirmou a necessidade de apoio permanente às inciativas que
tenham como finalidade o fortalecimento de ações voltadas a igualdade e
os direitos da mulher. Eunício lembrou que o Diploma Bertha Lutz é um
tributo do Senado Federal à causa feminina e às questões de gênero. Ao
exaltar a atuação de cada uma das cinco agraciadas com o prêmio, o
presidente prestou uma homenagem a todas as mulheres brasileiras.
“Quero homenagear todas as mulheres brasileiras,
guerreiras célebres ou anônimas da luta cotidiana pela vida. Hoje, as
mulheres, sozinhas, dirigem um em cada quatro lares brasileiros. E
ocupam, cada vez mais, postos importantes. São trabalhadoras
habilidosas, empreendedoras criativas, artistas, cientistas,
sindicalistas e políticas. Com o passar dos anos e o avanço da
sociedade, já podemos assinalar o aumento na escolaridade das mulheres
urbanas; o crescimento do nível de ocupação; a ainda tímida, mas já
presente, diminuição das históricas e injustas diferenças salariais
entre homens e mulheres. Ainda há muito a ser feito. E é por isso que
este dia de homenagens é também um dia de luta. Luta permanente contra a
desigualdade e a violência nas relações de poder entre homens e
mulheres, que ainda persiste, apesar dos esforços em contrário”,
destacou Eunício.
O presidente do Senado também prestou uma homenagem a sua mulher, Mônica Paes de Andrade Oliveira, presente na sessão solene.
“A nossa convivência sedimentou em mim exatamente
esses princípios humanísticos, igualitários e de segurança que só
recebemos no seio de nossas famílias de origem e que me fazem cada vez
mais convicto de quão importante é o papel feminino nas nossas vidas”,
enfatizou Eunício.
Agraciadas
Na 16ª edição do Diploma Bertha Lutz, foram
agraciadas Denice Santiago Santos do Rosário, major da Polícia Militar
da Bahia, comandante da Ronda Maria da Penha – dedicada à prevenção da
violência contra a mulher; Diza Gonzaga, que após a morte do filho criou
a Fundação Thiago Moraes Gonzaga, para promover ações de prevenção à
violência no trânsito.
O prêmio a Isabel Cristina de Azevedo Heyvaert,
embaixadora do Brasil na República da Sérvia, foi entregue por Zilda
Paes de Andrade, que foi casada com o ex-presidente da Câmara dos
Deputados, Antonio Paes de Andrade, morto em 2015. Também foram
agraciadas Raimunda Luzia de Brito, professora universitária e
ex-presidente do Coletivo de Mulheres Negras do Mato Grosso, e a
jornalista e escritora Tati Bernardi.
Bertha Lutz
Zoóloga de profissão, Bertha Maria Júlia Lutz é
conhecida como a maior líder na luta pelos direitos políticos das
mulheres brasileiras. Ela se empenhou pela aprovação da legislação que
outorgou o direito às mulheres de votar e de serem votadas.
A premiação promovida pelo Senado, ocorre
anualmente e já homenageou 79 mulheres de várias áreas de atuação. Até
hoje, apenas um homem, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco
Aurélio Mello, recebeu o diploma. O Conselho do Diploma, presidido pela
senadora Simone Tebet (PMDB-MS), é responsável pela escolha dos nomes.
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