domingo, 23 de março de 2014

Renato Aragão volta a ser internado

Segundo boletim médico, o humorista sofre de uma infecção urinária e seu quadro de saúde é estável

O humorista Renato Aragão voltou a ser internado neste sábado, no hospital Copa D'Or, no Rio de Janeiro. Segundo boletim médico enviado pela instituição, ele sofre de uma infecção urinária e deve ter alta em três ou quadro dias. Seu estado de saúde é estável.
Aragão foi internado às pressas no último sábado, quando sofreu um infarto agudo do miocárdio.  Ele passou por uma angioplastia no domingo e, já na segunda-feira, afirmou por telefone, ao vivo no programa de Ana Maria Braga, que estava se sentindo bem – até “melhor do que antes”, brincou. O humorista teve alta na última quarta-feira e se recuperava em casa.
Carreira - Renato Aragão entrou para a história da televisão interpretando um personagem de alegria explosiva, meio malandro e meio ingênuo - Didi Mocó. Foi na pele desse palhaço de cara limpa que ele levou 125 milhões de espectadores aos cinemas em 47 filmes. Também capitaneou o quarteto cômico Os Trapalhões - completado por Dedé, Mussum e Zacarias -, cujo programa cativou sucessivas gerações de crianças nos 25 anos em que esteve no ar. O personagem cacifou seu ator como um representante da infância: ele é embaixador do Unicef.
Nascido em um lar de classe média em Sobral, no Ceará, antes de chegar à TV ele fez faculdade de direito, ambicionando subir no banco em que trabalhava. Mas, admirador do comediante Oscarito (chegou a ver um de seus filmes dezesseis vezes), encontrou sua vocação na carreira artística. O personagem Didi surgiu em 1960, em um programa regional da TV Ceará. Aragão concluiu que seu prenome não evocava notas humorísticas. Certo dia, decidiu entrar em cena com o nome Didi.
Nos anos 1970, antes do advento das apresentadoras loiras, Didi, Dedé, Mussum e Zacarias reinavam absolutos entre a criançada. Autor da maioria dos roteiros dos filmes e programas dos Trapalhões, Aragão era a grande cabeça criativa do grupo. Por um período muito breve, em 1983, Dedé, Mussum e Zacarias separaram-se de Didi, que ficou sozinho no programa.
Zacarias morreu em 1990. Em 1994, com a morte de Mussum, o programa chegou a seu fim. Deprimido, Aragão continuou fazendo o Criança Esperança e alguns especiais na Globo, mas esteve afastado dos programas semanais por quatro anos. Retornou em 1998, com A Turma do Didi. Dono de bordões memoráveis como "ô psit" e "ô da poltrona", o humorista está fora da grade regular da Globo desde o ano passado.

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