Brasília A popularidade da presidente Dilma Rousseff caiu no mês de março em comparação a novembro de 2013, aponta pesquisa CNI/Ibope divulgada ontem. O percentual da população que avalia o governo Dilma como ótimo ou bom caiu 7 pontos percentuais, passando de 43% para 36%. Já o percentual de pessoas que confiam na presidente teve uma redução de quatro pontos percentuais, indo de 52% para 48%.
Já em relação à forma com que a presidente Dilma governa caiu de 56% para 51%. Com a queda, a presidente interrompe um ciclo de recuperação da popularidade, que vinha tendo desde setembro do ano passado.
A pesquisa CNI/Ibope foi realizada entre os dias 14 e 17 deste mês e entrevistou 2.002 pessoas em 141 municípios no país.
O levantamento, primeiro realizado pela CNI/Ibope em 2014, focou na avaliação dos brasileiros sobre o desempenho do governo federal e a atuação de Dilma. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral, sob o número BR-000 53/2014.
Todos os indicadores medidos pela pesquisa registraram redução. Segundo a pesquisa, os entrevistados demonstraram um descontentamento maior com relação às políticas econômicas, principalmente em relação à inflação e ao desemprego.
O resultado foi puxado principalmente pelas pessoas que moram em municípios pequenos, com até 20 mil habitantes. Segundo a pesquisa, Dilma também perdeu mais popularidade entre os jovens de 16 a 24 anos e entre os eleitores com renda familiar mais alta, que recebem mais de cinco salários mínimos e os residentes no interior.
Motivação
O ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) afirmou ontem que a queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff é "uma motivação a mais para a gente trabalhar, trabalhar e trabalhar ainda mais duro para melhorar o Brasil e a vida do nosso povo".
Ele minimizou o impacto da sondagem e afirmou que, na mesma época, os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva tinham percentual inferior. É a primeira vez que, como ministro-chefe da Casa Civil, Mercadante faz uma declaração à imprensa. Em meio a uma crises do governo, com a iminente instalação da CPI da Petrobras no Senado.
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