O governador Cid Gomes (PROS)
poderá sinalizar na manhã desta segunda-feira (24/03), durante reunião
do Monitoramento de Ações e Programas Prioritários (MAPP), no Palácio da
Abolição, a sua saída do Governo do Estado. O MAPP é um sistema de
avaliação de obras que o Governo instituiu para acompanhar e cobrar de
cada secretário metas e agilidade em projetos. O encontro poderá ser o
último comandado por Cid Gomes, que tem até o dia 5 de abril para se
desincompatibilizar e disputar o Senado nas eleições deste ano.
Após sete anos e três meses de Governo, Cid Gomes não imaginou que o
tempo passaria tão rápido e que a data para desincompatibilização o
deixasse na maior de todas as suas angústias em duas décadas de
atividade política. Cid não gostaria de deixar o Governo antes de
concluir muitas obras. O desejo não era apenas estar no comando do
Governo durante os jogos da Copa do Mundo no Estádio Castelão, que
reconstruiu e ganhou o título de primeiro governador a entregar no
Brasil um dos estádios para o Mundial de Futebol.
Cid gostaria de ficar até o dia 31 de dezembro, último dia do mandato
e torcia que o ano fosse mais esticado para concluir e inaugurar muitas
obras. O tempo, porém, foi implacável e Cid chegou no momento da
decisão: deixar ou não o Governo até 5 de abril para, em outubro,
concorrer ao Senado. A desincompatibilização, para a maioria dos
aliados, é necessária para Cid Gomes garantir um mandato parlamentar e
ter espaço para se defender de eventuais ataques de inimigos e desafetos
políticos após deixar o Governo.
Como faltam pouco mais de 10 dias para o encerramento do prazo de
desincompatibilização, Cid Gomes já poderá se antecipar e, nesta
segunda-feira, durante a reunião do MAPP, agradecer a colaboração dos
secretários e anunciar que parte para uma nossa missão. As
circunstâncias política o impõem essa condição e Cid, perto dos 50 anos
de idade, não pode cometer erros e ficar sem mandato. É uma questão de
sobrevivência política.
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