Segundo Temer, o diálogo é a chave para amenizar a rebelião entre deputados e senadores da sigla e o Planalto |
Segundo ele, o diálogo é a chave para amenizar a rebelião entre deputados e senadores da sigla e o Planalto.
Temer levou a mensagem ontem para Dilma, na reunião para tratar da crise com o partido, como forma de preservar a aliança com o PT.
A presidente voltou da Bahia para participar do encontro com peemedebistas no Alvorada. Antes de se reunir com a petista, Temer se encontrou no Palácio do Jaburu com os correligionários Renan Calheiros, Valdir Raup e Eunício Oliveira.
O vice-presidente disse que somente uma decisão coletiva pode provocar uma mudança significativa no partido. "Não é A nem B ou C, nem sou eu quem vai dizer se o partido vai para um lado ou para o outro. É a convenção nacional que decide para onde vai o PMDB", afirmou.
Aliança
Nos últimos meses, a relação do Executivo com o partido tem se deteriorado, o que prejudica votações de interesse do governo no Congresso. Na Câmara, sete partidos da base aliada, liderados pelo PMDB, criaram o chamado "blocão", grupo para pressionar o Palácio do Planalto e ampliar o poder de negociação com o Executivo.
No fim do ano passado, o líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), foi a ministérios reclamar da não liberação de recursos para obras de emendas parlamentares previamente acertadas. O PMDB reclama ainda da demora do Planalto e realizar a reforma ministerial. A maior dificuldade do Executivo é a relação tumultuada com Cunha.
O líder do PMDB tem conseguido apoio da oposição e de partidos governistas para evitar a votação de projetos de interesse do Executivo, como o Marco Civil da Internet.
Isolamento
A decisão de Dilma de se reunir com integrantes do PMDB, sem convidar Eduardo Cunha, foi vista por integrantes da sigla como uma tentativa de isolar o deputado. Na semana passada, o líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (PT-SP), defendeu que o governo priorize o diálogo com a direção nacional do PMDB em vez de conversar com o líder do partido na Câmara.
"O tratamento tem que ser com o PMDB, com a direção do partido, não só com o líder do PMDB. Tem que ter a participação do Temer, inclusive. Sem excluir o Eduardo Cunha, mas não ter diálogo somente com ele", afirmou. O petista disse ainda que o PMDB tem se comportado como partido de "oposição" e ponderou que uma sigla governista não pode "ter duas caras".
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