quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Soldados do Exército teriam furtado 14 mil munições


Parte de uma carga de 14 mil cartuchos de fuzil 7.62, furtada de um dos quartéis da 10ª Região Militar (10ª RM), foi recuperada pelo serviço de inteligência do Exército e da Secretaria da Segurança Pública do Ceará (SSPDS). Pelo menos dois soldados do Exército estariam presos desde a semana passada, em Fortaleza, apontados como os autores do crime.

Um dos militares teria trocado a munição por uma moto e um imóvel com integrantes da facção criminosa GDE. O POVO entrou em contato, na manhã de ontem, com o comando da 10ª RM e enviou um e-mail com dez perguntas sobre o caso. Até o fechamento desta edição, o comando do Exército em Fortaleza não retornou com as respostas.

O furto das 14 mil munições teria sido descoberto por acaso. Foi quando um contingente do Exército, lotado no 23° Batalhão de Caçadores (23º BC), teve de ser deslocado para o Rio Grande do Norte por causa da greve de policiais militares, civis e bombeiros do estado potiguar .

Ao disponibilizar o armamento para uma tropa de pelo menos 800 homens, militares notaram que milhares de cartuchos haviam sido desviados. Também há a suspeita, não confirmada pela 10ª RM, de que um dos soldados teria levado outras munições além dos cartuchos de 7.62 e algumas armas.

O Exército teria registrado um Boletim de Ocorrência (BO) sigiloso e abriu um inquérito Policial Militar (IPM) para investigar como a munição saiu da unidade militar sem que ninguém notasse qualquer movimentação suspeita.

A munição, levada do paiol (depósito de arma) de um quartel do Exército em Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), tem poder de dilacerar e é capaz de perfurar um veículo blindado.

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