O governador Camilo Santana, ao lado do presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Albuquerque, e do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Glaidson Pontes, desembarca, nesta terça-feira, 30, em Brasília, para ser recebido pelo presidente Michel Temer. O presidente do Senado, Eunício Oliveira, pediu a audiência para Camilo Santana expor ao Governo Federal a urgência de medidas para inibição do avanço do crime organizado no Ceará.
A chacina, na madrugada do último sábado, com 14 assassinatos, no Bairro Cajazeiras, em Fortaleza, o conflito com 10 presos mortos, na tarde dessa segunda-feira, na Cadeia Pública do Município de Itapajé, e o triplo homicídio registrado, também, nessa segunda-feira, no Anel Viário, na Capital, acederam a luz vermelha na área de segurança pública do Ceará. A onda de violência ganhou o noticiário nacional e internacional e estaria ligada a guerra entre grupos criminosos organizados.
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, considerou a onda de crimes como “lamentável”, mas disse, porém, que se trata de um problema de segurança pública local e descartou a adoção de medidas por parte da União no Ceará. O ministro avalia que o Estado tem condições para reagir ao caso, apoiado pelo governo federal, mas não como uma ação direta.
Marun aproveitou para fazer uma crítica ao governo do Ceará, ao afirmar que, quem não tem competência, que não se estabeleça e disse que transferir a culpa para o governo federal é um absurdo. O Secretário de Governo do presidente Michel Temer afirmou, ainda, que a União age e participa das ações quando há “descontrole”. O ministro aproveitou para elogiar o trabalho de investigação que tem sido feito pela polícia cearense que já identificou os autores da execução.
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