Deputados estaduais comemoraram, ontem, a informação divulgada pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) sobre o prognóstico para o período chuvoso no Ceará em 2018. A previsão para os meses de fevereiro, março e abril é de 40% de chuvas acima da média histórica, 35% na média e 25% abaixo da média.
Com os últimos anos de seca, o debate sobre a gestão dos recursos hídricos tem sido constante no Estado e, consequentemente, na Assembleia Legislativa. Em 2017, o prognóstico da Funceme havia apontado para 40% de chuva na média, 30% acima da média e 30% abaixo da média.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Zezinho Albuquerque (PDT), afirmou que depois de seis anos de estiagem, os cearenses esperam que o ano seja melhor que os demais, por isso, os dados que apontam para a probabilidade de chuva acima da média são recebidos com alegria. “Dependemos de fatores climáticos, mas nós da Assembleia Legislativa vamos continuar trabalhando, juntamente com o governador Camilo Santana, para amenizar os efeitos desses anos difíceis pela escassez de chuvas”, pontuou.
Na mesma linha, a deputada Bethrose (PMB) afirma que “o encontro de informações” entre o prognóstico da Funceme e aquele realizado pelos tradicionais profetas da chuva no Ceará tem deixado-a mais animada após todos os anos de estiagem. “Ando em todas as regiões do Ceará e vejo o sofrimento das pessoas”, indica, lembrando de regiões como a de Pentecoste, Sítios Novos, Umirim, Quixadá, Itapipoca e Vale do Curu.
Colapso
Para a parlamentar, todas as ações aprovadas pela AL possibilitaram que a situação não chegasse ao colapso total e muitos investimentos ainda serão executados para o convívio com a situação atual.
Para a parlamentar, todas as ações aprovadas pela AL possibilitaram que a situação não chegasse ao colapso total e muitos investimentos ainda serão executados para o convívio com a situação atual.
Na avaliação do deputado Carlos Felipe (PCdoB), se o bom inverno se confirmar na prática, será um alento para o Ceará, que vive uma situação angustiante no que se refere às condições dos reservatórios. Segundo ele, alternativas como a dessalinização da água, que são avaliadas pelo Estado, encontrariam empecilho no longo tempo de execução e nos custos mais altos. “Se não chover, seria uma situação de calamidade para muitas regiões”, destaca.
O parlamentar indica que o governo estadual vem investindo muito em adutoras, perfuração de poços e outras operações de captação de água e, caso chova, tais custos podem ser reduzidos. Consequentemente, afirma, áreas mais frágeis, como saúde, educação e reajuste dos servidores, podem se beneficiar de uma possível reorientação de investimentos.
O parlamentar indica que o governo estadual vem investindo muito em adutoras, perfuração de poços e outras operações de captação de água e, caso chova, tais custos podem ser reduzidos. Consequentemente, afirma, áreas mais frágeis, como saúde, educação e reajuste dos servidores, podem se beneficiar de uma possível reorientação de investimentos.
Cautela
Mais cauteloso, o presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional, Recursos Hídricos, Minas e Pesca da AL, deputado Carlos Matos (PSDB), avaliou que todos esperam uma “notícia boa, mas 40% de probabilidade de chuvas acima da média ainda é baixa”. “Precisaríamos de uma certeza de chuva para ficarmos tranquilos. Precisamos permanecer em alerta máximo”, afirmou o tucano.
Mais cauteloso, o presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional, Recursos Hídricos, Minas e Pesca da AL, deputado Carlos Matos (PSDB), avaliou que todos esperam uma “notícia boa, mas 40% de probabilidade de chuvas acima da média ainda é baixa”. “Precisaríamos de uma certeza de chuva para ficarmos tranquilos. Precisamos permanecer em alerta máximo”, afirmou o tucano.
O parlamentar indicou que ações realizadas nas esferas estadual e federal evitaram um colapso geral, mesmo assim, houve uma perda de 75% da agricultura irrigada, por exemplo. Para Carlos Matos, é necessário manter a pressão pela conclusão da transposição do Rio São Francisco, assim como rever o fornecimento de água para termelétricas em um momento de escassez como o atual e avaliar a possibilidade de montar um gabinete de crise para a situação.
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