O deputado estadual Capitão Wagner (PR) teve decisão favorável em 1ª instância da juíza Roberta Pontes Maia, da 38ª Vara Cível de Fortaleza, em processo que condenou o pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) a indenizá-lo em mais de R$ 30,6 mil. Ele disse que, em caso de resultado positivo no próximo julgamento, doará todo o dinheiro para instituições que prestam auxílio à dependentes químicos.
Em entrevista ao O POVO Online, Wagner afirmou que está confiante em uma vitória quando o caso for julgado em 2ª instância. O parlamentar afirma que além dele, toda a categoria comemora, uma vez que quando Ciro o acusou de chefiar uma milícia ligada ao narcotráfico na Polícia Militar do Ceará, ele ofendeu todos os profissionais de segurança.
A afirmação de Wagner sobre o destino da indenização remonta sua reação às acusações que recebeu. À época, em 2014, o deputado disse de forma indireta que Ciro Gomes usava drogas e cometia crimes. Além disso, afirmou também que havia “relatos na crônica policial de vários políticos envolvidos em orgias regadas a cocaína, bebidas, prostitutas e meu nome não aparece em nenhum desses relatos”.
Sobre as declarações feitas, o deputado explica que os crimes aos quais se referiu foram somente de calúnia. Já sobre o consumo de drogas, Wagner afirma que no ano da discussão desafiou o ex-ministro a realizar exame antidopping, “mas ele não aceitou o desafio. Eu fiz”.
Eleições 2018
Para o próximo ano, Wagner pensa que o “destempero” de Ciro será um problema. “As provocações vão surgir e pelo que a gente conhece dele, ele não vai se conter. Perdeu, inclusive, uma eleição que ele estava muito bem, quando falou da Patrícia Pillar”, afirma o deputado em entrevista à reportagem, referindo-se às eleições de 2002. No dia 30 de agosto daquele ano, em uma entrevista, o então candidato pela Frente Trabalhista teria dito que a importância da atriz para a sua campanha residia no fato de ela dormir com ele.
Ciro se defende
Em entrevista à BBC concedida neste ano, Ciro Gomes desmentiu a veracidade da suposta frase. Para ele, editaram claramente a sua fala. “O que importa é a versão da Globo, não a realidade”.
Em sua defesa, ele explicou que um psiquiatra estadunidense foi contratado para a campanha do tucano José Serra e o profissional afirmou que “minha vaidade se feriria se as pessoas insistissem que a Patrícia Pillar tinha uma relevância central na minha persona politica. Era o amor da minha vida, minha conselheira, e minha companheira de tudo”.
Deste modo, ele afirmou que, ferido “150 vezes” depois da mesma pergunta feita pela Globo, “disse a bobagem”.
(O POVO Online – Repórter Carlos Holanda)
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