segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Ministério da Justiça anuncia instalação de uma força-tarefa federal no Ceará


O Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP) anunciou que vai colaborar com as autoridades cearenses no combate à violência. Após a chacina que deixou 14 mortos e 18 feridos em Fortaleza, o órgão federal informou que uma força-tarefa federal vai atuar na investigação do caso e na ação de repressão às facções criminosas. O anúncio foi feito, neste domingo (28), pelo titular da Pasta, ministro Torquato Jardim.

Já o governador Camilo Santana (PT) anunciou três medidas emergenciais que serão adotadas após a matança. A primeira, será a criação de um Centro Integrado nos moldes da Ciops (Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança) que vai reunir representantes da própria Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS e suas vinculadas (Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Perícia Forense do Ceará e Academia Estadual da Segurança Pública), além da Secretaria da Justiça e da Cidadania (Sejus), Ministério Público, Poder Judiciário, Polícia Federal e Defensoria Pública.

A segundo medida anunciada a criação, por parte da Polícia Federal, de um grupo especializado que irá investigar a ação das facções criminosas no estado.

E a terceira medida será adotada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), que deve criar uma Vara especializada para apurar os crimes atribuídos às facções criminosas.

Centro

Conforme o governador, no centro integrado que vai reunir representantes de vários organismos da Segurança Pública serão traçadas as medidas que viam agilizar o combate ao crime organizado. Ele aproveitou a oportunidade para, mais uma vez, transferir para o governo federal a responsabilidade pela criminalidade no Ceará.

“Estamos pagando um preço muito alto pela ação dessas facções, que brigam por território. São grupos armados, criminosos, que se formaram no Rio de Janeiro e São Paulo”, admitindo pela primeira vez, publicamente, o poder dos grupos criminosos que hoje dominam o estado.

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