O coordenador da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza (SMS), Nélio Morais, explica que, pelas características climáticas, o período de janeiro a maio corresponde ao ciclo reprodutor do mosquito. Como os ovos deixados pelo Aedes conseguem resistir por mais de um ano, aumentos repentinos de infestação podem acontecer após o início das chuvas, depois que esses ovos entram em contato com a água e eclodem.
Sete a dez dias é o período para que o mosquito se desenvolva do ovo à forma adulta. “Qualquer depósito em que a água fique parada por mais de sete dias, seja ela muito limpa ou não, é potencial foco do mosquito”, afirma o professor da pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Ceará (UFC), Luciano Pamplona. Ele alerta que devem ser procurados e eliminados possíveis focos nas residências pelo menos uma vez por semana. O professor cita dados da SMS que apontam que, em média, 85% dos criadouros de mosquito em Fortaleza estão dentro das casas.
Evitar deixar exposto qualquer recipiente que possa acumular água é a recomendação da supervisora do Núcleo de Controle de Vetores da Sesa, Roberta de Paula Oliveira. Segundo ela, tanque, tambor e cisterna são os principais locais onde são encontrados focos do mosquito, mas a caixa d’água também requer atenção. Além disso, ela ressalta que os depósitos devem ser higienizados porque os ovos não são visíveis a olho nu. Eles são colocados pelo mosquito na superfície dos recipientes e podem ser confundidos com lodo, por exemplo.
Números
98.626casos de chikungunya foram confirmados no Ceará de janeiro a dezembro de 2017
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