O ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em
sua delação premiada envolveu o nome do deputado cearense Aníbal
Ferreira Gomes (PMDB) no esquema de propina da Petrobras. Segundo Costa,
o parlamentar cearense seria o “interlocutor” do presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB), no recebimento de propina.
Segundo Paulo Roberto, o cearense se apresentava como “representante”
de Renan. As informações foram publicadas pelo site do jornal O Estado
de S. Paulo, nesta terça-feira, 4. O deputado Anibal Gomes nega as
acusações. Ele admite conhecer o ex-diretor da Petrobras, mas que não
tinha proximidade com ele. O deputado disse não entender como seu nome
foi citado nas investigações.
Segundo O Estado de S. Paulo, a propina paga ao presidente do Senado
teria “furado” o teto de 3% estabelecido como limite dos repasses a
políticos no esquema de cartel e corrupção desbaratado pela Operação
Lava Jato. De acordo com a publicação, Aníbal Gomes teria participado,
entre 2007 e 2008, do processo que resultou na contratação da empresa
Serveng-Civilsan pela Petrobras, na época em que Costa ocupada a
Diretoria de Abastecimento.
O deputado cearense teria intermediado, o pedido de Renan Calheiros,
para que a empresa integrasse o grupo de empreiteiras que atuavam nas
áreas estratégicas da Petrobras. A Serveng-Civilsan seria uma das
empreiteiras que construiria as obras da Refinaria Premium I, orçada em
R$ 20 bilhões, no Maranhão.

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