A Assembleia Legislativa do Ceará aprovou nesta quinta-feira (26) moção de repúdio ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por ter ordenado a retirada de deputados cearenses que aplaudiam Cid Gomes durante pronunciamento na sessão do dia 18 de março, onde ele justificava ter afirmado que 400, 300 deputados eram achacadores.
A
atitude não agradou ao presidente da Câmara, que afirmou não admitir
"claque" nas galerias da Casa e pediu a retirara de todos que não fossem
parlamentares do local. A determinação de Cunha provocou revolta no
grupo levado pelo ex-ministro Cid Gomes, entre eles prefeitos,
deputados, vereadores e secretários de Estado como Osmar Baquit
(Aquicultura e Pesca), que chegou a esbravejar no local.
Durante
abertura da sessão de hoje (26), o presidente da Assembleia
Legislativa, deputado Zezinho Albuquerque (Pros), criticou a atitude do
presidente da Câmara dos Deputados, deputado Eduardo Cunha.
“Eu
estava lá e sei que não houve nenhuma atitude agressiva de qualquer
membro que estava nas galerias ou no Plenário da Casa contra ninguém. O
que houve ali foram apenas aplausos. Mas logo depois os seguranças
chegaram e disseram que ninguém poderia aplaudir. Essa é a Câmara que
está funcionando”, disse.
Já
o deputado Renato Roseno (Psol) comentou que o ocorrido na Câmara dos
Deputados deve servir de exemplo para que a Assembleia do Ceará venha a
ser mais democrática. “Não só porque são parlamentares, mas ninguém deve
ser tratado com força e violência”, disse.
Os
deputados Audic Mota (PMDB) e Danniel Oliveira (PMDB) ressaltaram que o
calor do pronunciamento do ex-ministro e o comportamento inadequado de
algumas pessoas presentes na Câmara levou o presidente a tomar a atitude
de evacuar a Casa.
Os
deputados Ely Aguiar (PSDC) e Dra. Silvana (PMDB) defenderam ser
necessário haver sintonia entre a Câmara e a Assembleia. O deputado
Heitor Férrer (PDT) ressaltou que o ocorrido na Câmara dos Deputados
deve servir de exemplo para muitas Assembleias Legislativas.
O pedido foi aprovado por 25 votos contra oito e uma abstenção.
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