Derrotado nas eleições de 2014 ao Governo do Estado, o líder do PMDB
no Senado, Eunício Oliveira, se viu afrontado no início do ano quando o
inimigo político Cid Gomes subiu à rampa do Palácio do Planalto para
ocupar o Ministério da Educação. Aos aliados, Eunício confessou: além da
queda, coice.
Eunício esperou e, nos tropeços de Cid Gomes, o viu descer a rampa do
Planalto em menos de três meses de cargo. O peemedebista, também, deu
um grande empurrão para a queda do ex-governador do Ceará. Com aliados
do Ceará e de Brasília, o líder do PMDB trabalhou para deputados
federais encurralarem o ministro da Educação.
A estratégia funcionou. Quem acompanhou com a atenção os
pronunciamentos dos deputados federais André Moura (PSC-SE) e do Cabo
Sabino (PR-CE), durante os esclarecimentos do Ministro Cid Gomes no
Plenário da Câmara Federal, sentiu o dedo do líder peemedebista. As
perguntas e acusações contra Cid estiveram sempre presentes no discurso
do hoje adversário Eunício Oliveira.
Além do conflito direto no Ceará, o líder do PMDB encontrou apoio
entre os aliados no Senado, na Câmara Federal e no comando nacional do
seu partido para fragilizar ainda mais o ministro Cid Gomes. Eunício
esperou a derrapada do ex-governador cearense que, ao visitar a cidade
de Belém e falar para estudantes e professores, chamou parlamentares de
achacadores.
As declarações, que ganharam a mídia e irritaram os deputados
federais, caíram como bandeja para a cabeça de Cid Gomes ser cortada do
Ministério de Dilma Rousseff. Não deu outra. Em menos de três meses, Cid
Gomes deixa um dos mais importantes ministérios do Governo Federal.
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