O PSDB, que já foi o partido mais importante do Estado e hoje conta
com poucas vozes no parlamento, aposta as fichas na nova diretoria do
Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec) para tentar voltar ao
protagonismo político. A expectativa é do senador Tasso Jereissati
(PSDB), líder dos tucanos no Estado e um dos nomes de peso na cerimônia
de posse da nova gestão à frente da entidade, na última sexta-feira, 28.
“Os médicos, que sempre tiveram importância
fundamental no destino do Ceará, estavam perdendo esse espaço e agora
vão recuperá-lo. Essa nova diretoria tem todas as condições de assumir
esse ponto de vanguarda e mexer em toda a política do Estado”, afirmou o
senador.
O tucano comemorou a troca de comando do Simec, que
tinha entre dirigentes sindicalistas filiados ao PCdoB. Ex-presidente da
entidade, José Maria Pontes era do PT quando assumiu o mandato, há seis
anos. Deixou o PT em 2011 para se tornar uma voz antagônica ao partido.
Já a nova presidente, Mayra Pinheiro, é ligada a Tasso e
disputou, pelo PSDB, uma cadeira na Câmara dos Deputados, nas eleições
do ano passado. “Do ponto de vista de política de classes, é uma das
mudanças mais importantes”, avaliou o senador.
O sindicado
deverá seguir com agenda política, convergindo ações de interesse da
categoria com a atuação do PSDB no Ceará. A entidade esteve presente
nas manifestações do último dia 15 de março, que tiveram como foco o PT,
o governo Dilma Rousseff e a corrupção na Petrobras.
Mayra
anunciou o projeto Simec Cidadão como uma das iniciativas da nova
gestão. “Queremos ministrar palestras para formar jovens. Os focos serão
a saúde e a ética. Vamos ensiná-los como votar e escolher melhor nossos
governantes”, contou.
Mais Médicos
Uma
das vitrines do governo federal, o programa Mais Médicos foi alvo de
críticas de antigos e novos dirigentes do Simec, assim como de
profissionais da área e políticos homenageados. Para a nova presidente, o
programa é “danoso” à população.
Saiba mais
Três vezes governador do Ceará, Tasso levou o PSDB a ser hegemônico na política do Estado, na década dos anos 1990.
O partido começou a perder força com a chegada dos Ferreira Gomes ao poder, em 2006.
Atualmente, além do próprio senador, o partido conta com um deputado federal e um estadual e alguns prefeitos municipais e vereadores.
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