O delegado José Milson Teixeira e Pinho, afastado na última
quarta-feira, por força de uma decisão proferida pelo juiz José Valdecy
Braga de Sousa titular da Comarca de Santa Quitéria (222Km de
Fortaleza), rebateu as acusações que desencadearam na determinação
judicial.
Segundo a Ação Civil Pública, ajuizada pelo Ministério Público
Estadual, havia "fortes indícios de corrupção e má gestão
administrativa" na unidade policial gerenciada por Milson.
Milson Teixeira afirmou que nenhuma das afirmações são verdadeiras e
que irá provar que não cometeu as transgressões citadas pelo MP. "Sou
profissional de Polícia há 34 anos e nada existiu neste tempo, que
desabonasse minha conduta moral e social", disse Teixera.
Segundo o MP, durante uma vistoria na Delegacia foi verificado indícios
de liberações de veículos apreendidos, sem ordem judicial, mediante a
cobrança de propina. Os veículos apreendidos estariam depositados no
pátio da Delegacia de forma aleatória sem livro de controle de material
apreendido, assim como armas que estariam espalhadas no chão do gabinete
do delegado e bebidas alcoólicas no ambiente de trabalho.
Já o delegado disse que "os veículos apreendidos na Delegacia foram
liberados atendendo formalidades administrativas e legais, mediante
termo de restituição e requisição de perícia. Outros, foram liberados
atendendo a decisões judiciais".
Segundo Milson Teixeira, os veículos não estavam espalhados no pátio,
mas enfileirados e organizados, no quintal do imóvel, que era o único
espaço disponível. Teixeira afirmou que as armas estavam enroladas nos
ofícios de encaminhamento à Justiça. Ele afirmou também, que existe
livro de controle de materiais e que as duas caixas de cerveja
encontradas em seu gabinete eram dele, mas que nunca bebeu no local de
trabalho.
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