Populares no Brasil há cerca de dez anos, as redes sociais crescem a cada dia e com elas o grande impacto na vida das pessoas. O rápido acesso e o fácil compartilhamento de informações faz com que essas ferramentas atraiam cada vez mais usuários à Internet, integrando, assim, milhões de pessoas em todo o mundo. E é justamente pelo grande poder de alcance que, nos dias de hoje, mais e mais usuários recorrem às mídias sociais contando com atos positivos do ser humano, como a solidariedade.
Nas redes de relacionamento, por exemplo, é comum a veiculação de campanhas em prol de um bem maior, como o incentivo à doações, arrecadação de valores ou apenas para dividir fatos e histórias como forma de alerta. No Ceará, um dos exemplos mais recentes é o da Laurinha, garotinha de apenas três meses de vida, que segue internada em coma desde o seu nascimento, após complicações no parto que acabou vitimando sua mãe.
Um grupo na rede social Facebook foi criado desde então por familiares, e a campanha #AcordaLaurinha já reúne quase 80 mil membros. O representante comercial Matheus Teixeira, 35, criador do grupo, comenta que o objetivo inicial era apenas promover uma maior união entre a família e manter informados os parentes que moram fora sobre a evolução do estado de saúde da criança.
Para ele, a repercussão que a campanha tomou foi surpreendente. "Comecei a convidar meus amigos, que por sua vez foram chamando os amigos deles, e assim fomos crescendo", explica. Por meio do grupo na rede social, a família relata passo a passo o que acontece com Laurinha desde o seu nascimento. Em troca, a família recebe solidariedade em forma de orações, força, fé e palavras de otimismo.
"Hoje somos um grande grupo de oração, de pensamento positivo. No mundo de hoje, onde muitas pessoas compartilham futilidades, foi uma surpresa positiva ver que ainda existe tanta gente boa no mundo, que se preocupa com os problemas alheios. Isso é gratificante e consola a gente", afirma.
O casal Juliana e Leonardo Parente utiliza a mesma rede social na tentativa de arrecadar fundos para a cirurgia do filho Joaquim, ainda em gestação. Diagnosticado com hidrocefalia, o procedimento, de custo elevado, só pode ser realizado em São Paulo, e a campanha #salveavidadojoaquim objetiva contar com a solidariedade dos internautas para a viabilização do valor necessário, R$ 120 mil.
Após saberem que o procedimento poderia ser feito, o casal recebeu o prazo de 25 dias para a viagem a São Paulo. Com o tempo curto, a campanha na rede social foi fundamental. "A ideia era pedir ajuda e conscientizar sobre essa operação, informar que existe uma saída para casos como o nosso. Tomou uma proporção que eu não esperava. Com a campanha, muita gente nos adicionou para saber sobre a doença, então serviu como alerta também", disse Leonardo.
Segundo ele, cerca de 50% do valor foi conseguido, e o restante foi reunido pelos familiares. "Há um tempo atrás era impossível conseguir isso em tão pouco tempo. As redes sociais aproximam muita gente", comenta
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