quinta-feira, 29 de maio de 2014

VERGONHA:Deputados ignoraram paralisação de motoristas em Fortaleza

Fortaleza amanheceu um verdadeiro caos na manhã desta quinta-feira, quando motoristas e cobradores resolveram impedir a saída e entrada de ônibus em todos os terminas da Capital cearense por conta do assassinato de um profissional do transporte público. Mas na chamada “Casa do Povo”, a Assembleia Legislativa, o assunto pouco repercutiu, e quase nada se falou sobre o assunto.
Teve deputado que discorreu sobre o pedido de beatificação de Dom Helder Câmara, da independência do Brasil frente ao Fundo Monetário Internacional (FM), sobre um pedido de simplificação de licenciamento ambiental para obras de interesse social, e houve até quem abordasse o tema aquecimento global, um assunto tão importante para ser discutido, mas de forma macro.
A crise pela qual passou a cidade em um dia que, sim, entra para a história, como o fatídico dia 3 de janeiro de 2012, quando Fortaleza foi tomada por saques e arrastões durante a paralisação da Polícia Militar do Estado, não foi percebido pelos parlamentares da Assembleia Legislativa. Os três petistas da Casa, que fizeram uso da palavra durante o Primeiro Expediente nem ligaram para os gritos da ruas e para as pessoas que não conseguiram chegar aos seus locais de trabalho ou não sabem que hora vão retornar para casa.
Fernando Hugo (SDD), Professor Teodoro (PSD) e Eliane Novais (PSB), três dos mais atuantes no Plenário 13 de Maio do Legislativo Estadual preferiram tratar de assuntos de interesses pessoais ou genéricos  de mais para ser debatido em uma Casa Legislativa Estadual. Hugo, por exemplo, discorreu sobre a chamada PEC 29, que visa destinar até 10% da receita bruta da União para a saúde pública. E, mais uma vez, foi aquela gritaria contra o Governo da presidente Dilma Rousseff.
sdsdsdsdsNo Pela Ordem, nada se falou sobre isso. Nem mesmo o deputado Roberto Mesquita (PV), opositor da gestão cidista, lembrou que o que motivou a crise no transporte público de Fortaleza, diferente de Florianópolis, São Paulo, São Luis, Rio de Janeiro e Salvador, não foi as lutas salariais, mas, sim, a violência, que ceifou a vida de um trabalhador. É a violência quem dita as regras na Capital cearense, e isso não é novidade para qualquer cidadão comum. Somente no fim do dia o deputado Ely Aguiar (PSDC) tocou no assunto, e ainda lamentou o fato de seus pares não terem dado a mínima sobre o tema. Ferreira Aragão (PDT) também falou uma ou duas coisas a respeito, mas só.
Esta quinta-feira foi um dia normal na Assembleia Legislativa do Ceará. Poucas presenças, aprovação das matérias do Governo, alguns reclames, sessão esvaziada no final do dia. Foi um dia comum na vida dos parlamentares do Estado.

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