O governador Cid Gomes afirmou que não vai participar da primeira série
de encontros realizados pelo PROS e outras 21 legendas que fazem parte
da base de sustentação do Poder Executivo, para evitar que os demais
aliados se sintam constrangidos em proferir críticas à gestão dele.
Ontem, o grupo teve o segundo encontro, agora para discutir questões
relacionadas à saúde e à segurança pública
O governador revelou que só irá a essas reuniões no momento em que
forem debatidos o próximo programa de Governo e o nome a ser lançado
para a disputa eleitoral que será o responsável pela defesa desse novo
projeto governamental.
O governador comandou, ontem, na Assembleia Legislativa, um leilão
reverso para contratar equipamentos e empresas que executarão a
construção de adutoras no Interior. "Poderia até ter pedido que essa
reunião tivesse sido realizada em outro hora, mas nesse primeiro
momento, está sendo feita a avaliação do projeto. Se eu for participar,
acaba deixando algumas pessoas intimidadas de fazer uma crítica mais
dura, mais contundente, e não quero constranger ninguém", ressaltou.
A segurança pública é a área do Governo que mais tem sofrido críticas
da sociedade e, também de aliados do governador, apesar do grande volume
de recursos aplicados no setor. Por outro lado, a Educação é a melhor
avaliada, tendo o Estado sido apontado como um dos que apresentaram os
melhores resultados nos últimos anos.
A data para a realização da convenção que homologará a candidatura da
aliança liderada pelo governador está prevista para o dia 29 de junho,
revelou Cid Gomes, mas ele esclareceu que o nome do candidato poderá ser
revelado num momento anterior a esse. "Mas não vou me comprometer com
data porque não sou eu quem irá dizer quem é o candidato, mas a
definição é resultado de todo um processo de discussão com os partidos",
esclareceu.
Supersticioso
Cid explicou que a escolha do dia 29 de junho para convenção foi
motivada, em parte, para evitar problemas com campanha antecipada, mas
frisou que também faz parte da superstição. "A gente já faz isso há
vários anos e, para quem é supersticioso, acaba tendo simbolismo. Vamos
fazer no último domingo e no mesmo local, como sempre fizemos",
acrescentou.
Apesar de 21 siglas estarem participando de reuniões com o PROS, Cid
Gomes acredita que a coligação ainda não está fechada e negou haver
pressão das legendas por promessas de cargos no possível futuro Governo.
"Eu não estou sentindo pressão de ninguém por mais legítima que possa
ser o desejo de um partido em fazer alguma indicação. Isso é natural"
garantiu.
O partido do governador quer indicar o candidato a governador, enquanto
o PT faz questão de apontar o nome do candidato ao Senado. Nenhuma
outra legenda, publicamente, ainda se manifestou desejosa de indicar o
nome do candidato a vice.
O governador também negou ter conversado com a presidente Dilma
Rousseff sobre sucessão estadual. Cid Gomes lembrou que, há um mês, ele
esteve com ela, mas que tratou apenas sobre as demandas do Estado. "Quem
está no Governo, tem que pensar em governar. Não tem que pensar na
próxima eleição. Oposição é quem deve iniciar o processo. É do manual da
política", esclareceu.
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