Jovem conhecido como DG, dançarino do programa global "Esquenta", teria sido morto por PMs na comunidade Pavão-Pavãozinho |
Segundo informações da rede Globo, o dançarino do programa "Esquenta", comandado por Regina Casé na emissora, Douglas Rafael da Silva Pereira, 25, conhecido como DG, foi encontrado morto no morro Pavão-Pavãozinho, na Zona Sul do Rio, nesta terça-feira (22), e moradores iniciaram uma manifestação para protestar contra a morte. Segundo relatos de amigos, DG, que também era mototaxista, teria sido confundido com traficante.
Ao fugir, o jovem se escondeu em uma escola e lá teria sido morto, segundo amigos. Em nota, a Polícia Civil informou que a análise do IML (Instituto Médico-Legal) mostrou que as escoriações são "compatíveis com morte ocasionada por queda". Não teriam sido encontradas marcas de disparos, informou a instituição.
Em protesto, moradores fecharam um dos acessos à comunidade, na ladeira Saint Roman, no final da Rua Sá Ferreira. Policiais do 19º BPM (Copacabana) foram acionados para reforçar o policiamento nas proximidades.
Conforme informações da assessoria das UPPs, na noite de segunda-feira (21) houve um confronto entre traficantes e policiais. Na manhã desta terça-feira, a polícia realizou uma perícia na parte alta da comunidade. Durante os trabalhos, os peritos localizaram uma pessoa dentro de uma escola da comunidade. Não foram identificadas marcas de tiros no corpo encontrado.
Por volta das 18h30, helicópteros sobrevoavam a região. Assustados, moradores relataram troca de tiros e quebra-quebra na comunidade. O Túnel Sá Freire Alvim foi fechado por volta das 18h10. A Avenida Nossa Senhora de Copacabana também foi interditada às 18h30, na altura da Rua Sá Ferreira. Imagens aéreas mostraram barricadas montadas com fogo. O trânsito ficou muito ruim na região. O acesso da estação General Osório na Rua Sá Ferreira também foi fechado.
A morte de DG foi comunicada pelo líder comunitário Rene Silva: "Meus sentimentos ao amigo DG do #esquenta... Q covardia fizeram com ele... Mataram mais um adolescente trabalhador", escreveu no Twitter.
"Qual será a desculpa dessa vez? Que o inocente que os UPPs mataram era suspeito, que estava com atitudes suspeitas, estava em confronto com a polícia, era ex-traficante? Mais um inocente morto, mais uma mãe sem filho, mais um filho sem pai", postou uma colega, também no Twittter
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