Conviver com a seca está sendo possível para famílias pobres do
Semiárido. Com as tecnologias sociais de acesso à água, elas conseguem
criar animais e manter o cultivo de alimentos. Entre 2003 e outubro
deste ano, 159,2 mil cisternas foram entregues a agricultores familiares
de baixa renda da região. São cisternas do tipo calçadão e de
enxurrada, barragens subterrâneas e barreiros trincheira, entre outros
modelos, com capacidade entre 52 mil e 500 mil litros de água, que
armazenam água no período da chuva.
O programa também garantiu água de qualidade para beber, cozinhar e
fazer a higiene pessoal a mais de 1,2 milhão de famílias, que antes
dependiam de carros-pipa ou da água de poços, graças à implantação das
cisternas para consumo humano. Cada reservatório tem capacidade de
armazenamento de 16 mil litros de água e atende a uma família de até
cinco pessoas num período de estiagem de oito meses. As maiores
beneficiadas são mulheres e crianças, sobre quem recaía a tarefa de ter
que caminhar longas distâncias e perder várias horas do dia para buscar
água.
O Água para Todos é um programa do governo federal, executado no
âmbito do Plano Brasil Sem Miséria pelos ministérios do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome (MDS), da Integração Nacional, do Meio Ambiente,
além da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), da Fundação Banco do
Brasil, da Petrobras e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES). O MDS executa a ação por meio do Programa Cisternas.
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