O deputado federal Moses Rodrigues (PPS/CE) participou da sessão da
CPI da Petrobras,na terça-feira(10), que ouviu o ex-gerente executivo de
Serviços da Petrobras, Pedro Barusco. A sessão, que durou quase oito
horas, atendeu a um requerimento de autoria do parlamentar.
Barusco, apontado como braço direito de Renato Duque, ex-diretor da
Estatal, afirmou que parte do dinheiro arrecadado junto à SBM Offshore
foi entregue ao Partido dos Trabalhadores, por meio do tesoureiro da
sigla, João Vaccari Neto, durante o período eleitoral, na campanha
presidenciável de 2010.
Barusco revelou que começou a receber propina de forma individual em
1997 e que o esquema organizado entre a Petrobras e o tesoureiro do PT
somente a partir de 2004. Ele acusou João Vaccari Neto de ter recebido
entre US$ 150 e 200 milhões em propinas. O ex-gerente reafirmou o acordo
de delação premiada e informou que devolverá US$ 97 milhões aos cofres
públicos.
Na sessão, a bancada do PPS questionou Pedro Barusco sobre possíveis
desvios nas obras das refinarias Premium I (em São Gonçalo do Amarante,
no Ceará) e Premium II (no município de Bacabeira, no Maranhão).
“Precisamos de esclarecimentos. O país não pode amargar tamanho
prejuízo. Mais que explicações, os envolvidos terão que pagar pelos
desvios. O Ceará, que é o Estado que represento, sofreu sérios reflexos
com o encerramento das obras da refinaria. Juntas, a Premium I e II
representam uma perda de quase R$ 3 bilhões”, destacou o deputado Moses
Rodrigues.
Hoje o colegiado ouve o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio
Gabrielli e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB/RJ).

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