Três homens foram presos e outras três pessoas permanecem foragidas,
suspeitas de integrar uma quadrilha especializada em assaltar
residências em uma das áreas nobres de Fortaleza. De acordo com as
investigações da Polícia, o grupo utilizava uma farda da Polícia Militar
e um mandado falso de busca e apreensão para ludibriar as vítimas,
principalmente nos bairros Cidades dos Funcionários, Luciano Cavalcante e
Guararapes.
O trio foi preso em uma operação da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF),
em parceria com a Coordenadoria de Inteligência (Coin), da Secretaria
de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), no último domingo (3), no
bairro Jardim das Oliveiras, na Capital. Segundo a Polícia Civil, eles
já devem ter cometido, pelo menos, seis assaltos, com a mesma maneira de
agir.
O delegado adjunto da DRF, Eduardo Tomé Santos Gomes, esclareceu a
maneira como a quadrilha trabalhava. "Já vínhamos tentando identificar
membros de uma associação criminosa envolvida com roubos e furtos a
residências na Capital e, no último sábado conseguimos informações.
Chamou a atenção a maneira como os criminoso se valeram para
aproximarem-se da vítima. Se passando por policiais, um deles fardado,
disseram que estavam dando cumprimento a um mandado de busca e
apreensão, e chegaram a simular um documento. Tão logo ingressaram no
imóvel, anunciaram o assalto. As vítimas foram algemadas, e os membros
do grupo vasculharam a casa toda" esclareceu o delegado.
De posse das informações, na manhã de domingo, os policiais conseguiram capturar três dos seis membros da quadrilha.
Foram presos João Eudson da Silva, 29, natural de Morada Nova; José
Erbersson Silva Rodrigues, 21, também natural de Morada Nova; e Henrique
Xavier Fonseca, 27, conhecido como 'Pica-Pau'.
Dos três, apenas Eudson não tem antecedentes criminais. Erbersson já
responde por lesão corporal e porte ilegal de arma de fogo. Já
'Pica-Pau', responde por receptação, adulteração de veículo automotor e
porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
Mandado forjado
Eduardo Tomé elencou os erros existentes na ordem judicial que estava
em poder do grupo. "Não tem timbre do Poder Judiciário e simularam um
brasão da República. Isso não consta em mandado nenhum. Não tem
assinatura digital do magistrado, não consta executor. É uma imitação
grosseira, mas pode causar 'engodo' a um leigo, principalmente pelo fato
de um dos criminosos estar fardado", alertou o delegado.
Os três presos serão autuados por roubo qualificado e associação
criminosa. Com eles, a Polícia apreendeu ainda parte do dinheiro que
teria sido roubado na última ação do grupo, ocorrida sábado. Estão ainda
foragidos dois homens e uma mulher.
"Eles negam o crime. Um deles diz que o dinheiro seria proveniente do
trabalho de uma fábrica de confecção, o que causa espanto, pois era
domingo de manhã. As investigações continuam e contamos com o apoio da
população. Qualquer pessoa que, ao visualizar as imagens, identificá-los
como autores do crime que foi vítima, que compareça à Delegacia de
Roubos e Furtos, na rua Antônio Pompeu, ao lado do Batalhão de Choque,
ou ligue no 3101-1141/1142. Sua identidade será preservada. Precisamos
deste reconhecimento das vítimas, para instaurarmos novos inquéritos e
elucidarmos outros crimes", frisou.
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