Com 75 votos do total de 129 delegados que participaram da conferência
realizada na tarde de sábado, o PSOL escolheu o nome do professor e
sindicalista Aílton Lopes, para ser homologado, na convenção do partido
em junho, como candidato Governo do Estado. Essa foi a primeira vez que a
sigla teve que organizar uma votação para definir a candidatura da
agremiação, já que houve consenso no processo dos pleitos anteriores.
A escolha de Aílton Lopes representou a vitória da ala do partido
liderada pelo vereador João Alfredo e advogado Renato Roseno. Apesar de
42% dos delegados terem optado pela candidatura de Adelita Monteiro, o
sindicalista Aílton Lopes minimizou os riscos de haver uma dificuldade
para construir a unidade do PSOL em torno do nome dele, ressaltando que,
apesar do desgaste gerado durante esse processo de escolha, a outra
pré-candidata já havia afirmado que não havia diferenças no projeto
defendido pelos dois.
"Primeiro, em todos os municípios, a maioria dos militantes do PSOL
apoiou a minha candidatura. Segundo, a imensa maioria que apoiou a outra
candidatura também já veio me convidar para ir aos municípios para
conversar. A outra pré-candidata mesmo já disse não ter visto diferença
entre as candidaturas. Era apenas uma questão de opção apresentada por
cada grupo do partido", alegou.
Esquerda
Com a definição da candidatura, os próximos passos do partido serão
continuar com a construção do programa de Governo. De acordo com Aílton
Lopes, duas reuniões já estão marcadas para esta semana com as outras
duas legendas que formarão a chapa com o PSOL durante o pleito em
outubro próximo, PSTU e PCB.
Aílton Lopes afirmou que a intenção dessa chapa é fazer oposição aos
Ferreira Gomes e à chamada por ele de falsa esquerda. "Nossa candidatura
vai se construir como uma crítica à forma política que tem sido adotada
por diversos grupos interessados muito mais em defender empresas que
financiaram suas campanhas do que as demandas da própria sociedade",
explicou.
O pré-candidato criticou a forma como o problema da segurança pública
deverá ser tratada nas eleições deste ano. Ele acredita que os
candidatos defenderão o aumento da repressão como uma solução para o
problema.
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