Um estudo elaborado pela Federação das Indústrias do Rio (Firjan),
divulgado ontem, informa que o custo médio da energia elétrica para as
indústrias brasileiras no mercado cativo pode chegar a R$ 420,20 por
megawatt/hora ao final de 2015. Segundo a federação, o custo vai
encarecer principalmente se o reajuste médio de 17,1% por parte do
Governo Federal se mantiver neste ano para as 41 distribuidoras que
ainda terão seus reajustes aprovados. E, se o reajuste vier a se repetir
no ano que vem.
A entidade ressalta que na comparação com
janeiro de 2013, quando foi concedido o desconto através da Medida
Provisória 579, o aumento será de até 60%. Então, o valor era de R$ 263
por megawatt/hora. “Caso a projeção se confirme e as demais variáveis se
mantenham constantes, em 2015 o Brasil subirá para a quarta posição em
ranking de maior custo de energia, atrás apenas da Índia (R$ 596,96),
Itália (R$ 536,14) e Cingapura (R$ 459,38). Hoje, o país ocupa a 11ª
posição”, informa a Firjan no documento.
O valor final em 2015
considera o custo estrutural estimado para a indústria (R$ 401,30 por
MWh) e o adicional de R$ 18,87 por MWh, relativo ao sistema de bandeiras
tarifárias que entrará em funcionamento no ano que vem. O adicional,
frisa a federação, supõe uma hidrologia favorável que resulte em baixo
acionamento das usinas térmicas.
O levantamento da Firjan
prevê ainda que até o final deste ano a indústria estará pagando R$
342,70 o megawatt/hora pela energia elétrica e todo o desconto concedido
em janeiro de 2013 terá sido eliminado. Gerente de competitividade
industrial da Firjan, Cristiano Prado disse que a questão do custo da
energia precisa continuar na pauta nacional.
“O caminho é
reduzir os impostos federais e estaduais para que se possa ter
resultados já no curto prazo, interrompendo essa trajetória de
crescimento do custo”, disse. Os dados fazem parte do estudo
“Perspectivas do custo da energia elétrica para a indústria no Brasil em
2014 e 2015”. (Da Folhapress)
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