domingo, 18 de maio de 2014

Energia ficará até 60% mais cara em 2015

Um estudo elaborado pela Federação das Indústrias do Rio (Firjan), divulgado ontem, informa que o custo médio da energia elétrica para as indústrias brasileiras no mercado cativo pode chegar a R$ 420,20 por megawatt/hora ao final de 2015. Segundo a federação, o custo vai encarecer principalmente se o reajuste médio de 17,1% por parte do Governo Federal se mantiver neste ano para as 41 distribuidoras que ainda terão seus reajustes aprovados. E, se o reajuste vier a se repetir no ano que vem.

A entidade ressalta que na comparação com janeiro de 2013, quando foi concedido o desconto através da Medida Provisória 579, o aumento será de até 60%. Então, o valor era de R$ 263 por megawatt/hora. “Caso a projeção se confirme e as demais variáveis se mantenham constantes, em 2015 o Brasil subirá para a quarta posição em ranking de maior custo de energia, atrás apenas da Índia (R$ 596,96), Itália (R$ 536,14) e Cingapura (R$ 459,38). Hoje, o país ocupa a 11ª posição”, informa a Firjan no documento.

O valor final em 2015 considera o custo estrutural estimado para a indústria (R$ 401,30 por MWh) e o adicional de R$ 18,87 por MWh, relativo ao sistema de bandeiras tarifárias que entrará em funcionamento no ano que vem. O adicional, frisa a federação, supõe uma hidrologia favorável que resulte em baixo acionamento das usinas térmicas.

O levantamento da Firjan prevê ainda que até o final deste ano a indústria estará pagando R$ 342,70 o megawatt/hora pela energia elétrica e todo o desconto concedido em janeiro de 2013 terá sido eliminado. Gerente de competitividade industrial da Firjan, Cristiano Prado disse que a questão do custo da energia precisa continuar na pauta nacional.

“O caminho é reduzir os impostos federais e estaduais para que se possa ter resultados já no curto prazo, interrompendo essa trajetória de crescimento do custo”, disse. Os dados fazem parte do estudo “Perspectivas do custo da energia elétrica para a indústria no Brasil em 2014 e 2015”. (Da Folhapress)

Nenhum comentário:

Postar um comentário