Nos últimos 18 anos parecia difícil. Há alguns meses
poderia parecer impossível. Quando Alexis Sánchez marcou um golaço no
Camp Nou, mais uma vez parecia complicado. Sem Diego Costa e Arda Turan, machucados com menos de 30 minutos de jogo, não parecia realmente fácil. Mas
não houve limites para o Atlético de Madrid neste sábado: à sua
maneira, o time de Diego Simeone buscou o empate por 1 a 1 e conquistou o
Campeonato Espanhol pela 10ª vez na história.
Não foi dia de Lionel Messi, Andrés Iniesta e nem de
Neymar, todos apagados em jogo que valia título nacional para o
Barcelona. No Camp Nou, prevaleceu o espírito coletivo, a marcação firme
e a conquista do Atlético se confirmou graças a um gol de cabeça do
uruguaio Diego Godín. Título também dos brasileiros Miranda, Filipe
Luís, Diego e Diego Costa.
Com o ponto somado neste sábado, o Atlético de Madrid
confirmou o título do Campeonato Espanhol com 90 pontos após 38 rodadas.
O Barcelona ficou com o vice pela 24ª ocasião em sua história, com 87
pontos, exatamente empatado com o Real Madrid, terceiro lugar ao fim da
competição.
Atlético de Madrid acorda no segundo tempo e conquista o título espanhol
Abatido pelas lesões de dois de seus principais
jogadores, Diego Costa e Arda Turan, o Atlético de Madrid teve um
primeiro tempo irreconhecível no Camp Nou. Nos minutos iniciais, a
equipe visitante até conseguiu abafar a saída de bola do Barcelona e
criar certa instabilidade, mas aos poucos perdeu o domínio no Camp Nou.
O desempenho dos catalães também não foi de encher os
olhos, sobretudo pelo jogo apagado de Lionel Messi e Andrés Iniesta, mas
a vantagem veio graças a um coadjuvante em grande temporada. Aos 33min,
Cesc Fàbregas acertou bom lançamento, Messi deixou a bola escapar e
Alexis Sánchez acertou um tiro violento com o pé direito, no ângulo, e
sem qualquer possibilidade para o goleiro belga Courtois. Era o título a
caminho do Barcelona, mas a segunda etapa reservaria novas emoções.
De volta com a necessidade de encontrar um gol para
ficar com o título espanhol, o Atlético de Madrid foi outro time. Com
1min, David Villa pegou bola escorada e acertou um chute forte no pé da
trave na meta defendida por José Pinto. Não demorou para o empate
chegar: já aos 4min, Gabi acertou cobrança de escanteio na medida, e
Diego Godín subiu com estilo para uma cabeçada perfeita.
Atingida a igualdade no placar, o Atlético de Madrid se
voltou a um estilo bastante defensivo no Camp Nou e não se impôs limites
para manter o título espanhol. O jogo ficou tenso e violento dos dois
lados, e o Barcelona reclamou da arbitragem aos 18min. Em bom cruzamento
de Daniel Alves, a bola tocou em Juanfran e sobrou para Lionel Messi,
que colocou para dentro. A arbitragem acusou impedimento.
Atrás de um gol para ficar com o título, Gerardo Martino
promoveu o retorno de Neymar à equipe exatamente um mês após sua lesão
no quarto metatarso do pé esquerdo. O brasileiro teve pouco mais de
trinta minutos no lugar de Pedro Rodríguez e também recebeu a companhia
de Xavi Hernández, outro que iniciou no banco de reservas.
Nos minutos finais, não houve possibilidades para o
Barcelona diante da marcação firme do Atlético de Madrid nos arredores
de sua grande área. Sem o brilho de seus principais jogadores, o Camp
Nou assistiu à conquista do time de Simeone.
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