segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Vereador daria suporte logístico à quadrilha suspeita de roubos a bancos, diz Polícia


O vereador reeleito de Nova Russas, José Roberto Alves da Costa (PRTB), seria o responsável pelo suporte logístico à quadrilha suspeita de roubos a bancos, conforme a investigação inicial da Polícia Civil do Ceará. Ele foi preso na tarde da última sexta-feira, 18, com outros quatro suspeitos de planejar um assalto a carro-forte. Os detalhes sobre o caso foram divulgados na manhã desta segunda-feira, 21, na sede da Delegacia de Roubos e Furtos, em Fortaleza.
Os cinco suspeitos estavam em um Audi A3, com placa de Juiz de Fora, e foram detidos em abordagem do Comando Tático Rural (Cotar), em Guaraciaba do Norte, por volta das 17h30min. Eles chegaram a repassar nomes falsos e, após vistoria, a Polícia Militar encontrou conversas no WhatsApp sobre o planejamento do assalto a carro-forte em Sobral e fotos de armas nos sete celulares apreendidos com o grupo.
De acordo com o delegado, a prisão do vereador não implica na perda imediata do mandato. O inquérito do caso será encaminhado à Justiça, que deve decidir a culpa dele nos crimes. "Em uma das conversas, o Douglas solicitava para o vereador uma identidade falsa. Não há dúvidas de que eles organizavam um assalto a um carro-forte. Em efeitos secundários, a investigação pode culminar na perda do mandato", disse o delegado-adjunto da DRF, Eduardo Tomé.
O grupo é suspeito de participar do roubo de uma agência do Banco do Brasil, no dia anterior às prisões, no município de Castelo do Piauí, que faz divisa com o Ceará. Os cincos foram autuados por associação criminosa, com base no artigo 288 do Código Penal Brasileiro.
"Um veículo de cinco pessoas já é uma situação que merece muita atenção. Eles jogaram conversas à toa, que estavam visitando o Ceará e estavam a passeio. Mas, a patrulha resolveu olhar cada celular", frisou o tenente-coronel Martins.
O motorista do veículo disse que o carro era emprestado de seu cunhado e foi utilizado para viagem até o Rio de Janeiro, onde os dois cariocas haviam sido buscados após baile funk. A Polícia Civil informou que os dois suspeitos do Rio teriam ligação com o Comando Vermelho (CV); um deles, Daniel Belmiro José Rodriguesera foragido do sistema penitenciário de Caucaia e o outro, Douglas Honorato Alves, do presídio de Bangu (RJ).
A PM continua a realizar buscas na região para encontrar o armamento fotografado nas conversas trocadas pelos suspeitos. 

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