Em entrevista ao jornal O Globo, Ciro Gomes (PDT), ex-ministro dos governo Itamar Franco e Lula, disse que uma possível candidatura do ex-presidente para as eleições de 2018 seria um “desserviço” para o país. Ele justificou que caso se candidate para retornar à presidência, Lula não ofereceria passagens para novos projetos necessários para a política nacional. Para o ex-ministro, não adiantaria Lula ter que confrontar uma radicalização dos grupos opositores e se defender em um “gueto moralista” que se transformou a política brasileira.
“Lula é muito forte, muito popular. Mas acho que ele prestará um desserviço ao país e a ele próprio. Na melhor hipótese, ele ganha. Porém, ganharia confrontando de uma forma odienta essa radicalização que se instalou no Brasil a ponto de firmar um golpe de estado em que tem ele como eixo. Ele deve por a sua liderança e o peso de sua história para dar passagem a um projeto novo, que experimente outros dizeres, outras relações, outra psicologia coletiva e não ficar se defendendo em um gueto moralista da delegacia de polícia que se transformou a política brasileira – declarou, durante palestra na Universidade Nacional de Brasília (UNB).
Gomes, porém, não disse se aceitaria o apoio do petista na corrida presidencial. O ex-ministro declarou que só seleciona seus apoiadores por meio de um filtro de moralidade e de coerência política. “Quem é candidato só seleciona apoio pelo filtro. No meu caso, é um filtro moral e de coerência política. O projeto que eu advogo e que vou ajudar, sendo eu candidato ou não, é um grande aliança de centro-esquerda.
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