quinta-feira, 12 de março de 2015

Dilma amplia articulação política e Cid fica fora

A crise política forçou a presidente Dilma Rousseff a reforçar a articulação com os dirigentes dos partidos aliados e as lideranças na Câmara Federal e no Senado. As mudanças acontecem após sucessivas conversas entre Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a aconselhou a manter mais diálogo com o Congresso Nacional. Quatro nomes – Gilberto Kassab (Cidades), do PSD, Aldo Rebelo (Ciência, Tecnologia e Inovação), do PCdoB, e Eliseu Padilha (Secretaria de Aviação Civil), ganham peso nessa nova fase de articulação. Outro ministro – Cid Gomes, da Educação, ficou fora.
Cid começou bem no Ministério da Educação, foi chamado a participar das articulações políticas na disputa pela Presidência da Câmara Federal, mas enfrenta desgastes após as declarações de que, entre 513 deputados federais, muitos são achacadores – um tipo de parlamentar que aposta no desgaste do Governo para arrancar benefícios e benesses. Cid era esperado na Câmara Federal, nessa quarta-feira, para esclarecer as declarações, mas, com problemas de saúde, a audiência foi adiada e poderá acontecer na próxima quarta-feira da próxima semana.
Com o novo modelo de articulação política, a presidente Dilma Rousseff tentará, a partir desta quinta-feira, gerar mais esperanças e confiança entre os aliados que serão chamados para reuniões. De acordo com Dilma, a periodicidade dessas reuniões é flexível e pode ser semanal ou um pouco mais frequente, e que não ocorreram em 2014 por ter sido um ano eleitoral. “Ele [esse processo] sempre ocorreu e se institucionalizou”, disse Dilma, explicando que a cada semana um novo ministro pode ser chamado eventualmente. Atualmente, as reuniões são feitas com ministros petistas.
“Não há nenhuma modificação na coordenação política, a não ser o seguinte: nós vamos aumentar o número de pessoas e de partidos, obviamente. E vamos fazer um rodízio sistematicamente trazendo ministros novos para o debate. Vamos colocar na coordenação os ministros Kassab, Aldo Rebelo, Padilha. Vamos chamar eventualmente ministros para participar da discussão quando, principalmente, o assunto for correlato a ele”, declarou.
Dilma disse ainda que não há “nenhuma medida de modificação” sendo planejada na coordenação política do governo além das “já previstas”, como a da presença de ministros de outros partidos nas reuniões de coordenação política.

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