sexta-feira, 28 de julho de 2017

Com a aprovação em 5%, Temer muda equipe de redes sociais


Com a crença de que conseguirá derrubar a denúncia por corrupção passiva já na semana que vem, o presidente Michel Temer definiu algumas mudanças para tentar reforçar a imagem do governo e avançar nas pretendidas reformas.

Com a aprovação em 5% - menor do que a de José Sarney, Fernando Collor e Dilma Rousseff no auge da impopularidade -, o governo Temer fará a partir da semana que vem uma reestruturação da comunicação digital. O responsável será o marqueteiro do PMDB, Elsinho Mouco, que trabalha com o presidente há quase 15 anos.

Até então, a equipe digital - a cargo de duas agências licitadas para prestar o serviço ao governo federal - era comandada pelo publicitário Daniel Braga, que é também responsável pela estratégia de redes sociais do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB). Braga auxiliava a comunicação de Temer desde abril e foi um dos criadores dos novos canais de comunicação lançados em maio, por comemoração de um ano de governo. Com a marca "Agora Brasil", além da nova página da internet, Braga criou quatro novos canais, que têm conteúdo distribuído prioritariamente no Facebook e no Twitter.

Braga confirmou a sua saída, mas disse que ainda continuará prestando serviços a Fundação Ulysses Guimarães, do PMDB. O marqueteiro também foi chamado por Doria para manter uma proximidade maior com o prefeito, já que a rotina em Brasília estava bastante intensa.

Segundo fontes do Planalto, a mudança faz parte de uma estratégia de Temer de buscar, dentro da sua relação de confiança e afinidade, alguém que o ajude a diminuir a rejeição e, o mais importante, conquistar apoio e compreensão para a implementação das reformas.

Desde o surgimento da denúncia contra Temer em maio, Elsinho tem sido o principal conselheiro de comunicação do presidente e um dos redatores de seus discursos. Agora, a ideia é reforçar o conteúdo das redes sociais, com uma linguagem ousada, criativa e direta.

Em discurso hoje no Planalto, Temer destacou a aprovação da reforma trabalhista e disse que queria avançar na reforma da Previdência, tributária e política. "Se nós conseguirmos realizar mais essas três, como conseguiremos, ninguém poderá dizer que nós passamos em branco nestes dois anos e pouco de governo", disse.

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