“Eu estava vivendo a minha vida pessoal. Tenho filhos para criar, tenho mulher para cuidar, tenho trabalhos pessoais. A política é para quem está com mandato”, afirmou Cid. Sem dar entrevistas desde a polêmica saída do Ministério após desentendimento com deputados federais, o ex-governador fez ponderações sobre o futuro de seu grupo político e sobre problemas recentes da atual gestão estadual.
“Não tenho o menor gosto em cogitar saída de partido, minha história partidária não é das melhores. É uma questão que tem de ser decidida coletivamente”, ponderou Cid. A relação das lideranças estaduais do Pros com integrantes nacionais da sigla tem se desgastado desde pouco depois da entrada dos cearenses, que deixaram o PSB em outubro de 2013.
A baixa representatividade do Pros prejudica o tempo de propaganda partidária no rádio e na TV em 2016. “Temos eleições municipais no ano que vem. A agenda dos candidatos a prefeito e vereador é a mais emergente nessa questão partidária. Eu pessoalmente não tenho nenhuma preocupação porque não serei candidato, mas tenho muitos amigos que serão candidatos à reeleição”, disse Cid. A situação mais emblemática da permanência no Pros é do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, afilhado político dos Ferreira Gomes.
Gestão Camilo
Cid Gomes falou ainda do cancelamento da obra da refinaria no Ceará e da semelhança entre as expectativas do projeto do hub e da obra da Petrobras. Ele ressaltou que Camilo juntamente com outras lideranças políticas tem viabilizado investimentos privados para a refinaria. Para ele, refinaria e hub são projetos distintos.
O ex-ministro se eximiu de comentar o atraso nas obras de reforma do aeroporto Pinto Martins e pontuou que a inclusão do equipamento nas concessões do Governo Federal anula as discussões do passado. “Haverá outros obstáculos até o final do ano, é importante a permanência da mobilização de diversos setores”, disse Cid sobre o hub.
Em relação à crise na saúde e a discussão com o Ministério da Saúde sobre o financiamento de equipamentos no Estado, Cid afirmou que a pasta acompanhou todas as obras do Estado, inclusive, com a presença do ex-ministro Alexandre Padilha em eventos de inauguração. “Houve tentativa de trazer a verba, mas temos limitações, consegui recurso para construção, mas a necessidade da população não pode esperar que haja um programa federal”, pontuou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário