A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem a Revisão Tarifária Extraordinária (RTE) de 58 distribuidoras de eletricidade do País, com impacto nacional médio de 23,4% nas contas de luz. Entre as distribuidoras, está a Companhia Energética do Ceará (Coelce), na qual, segundo a Aneel, a Revisão Tarifária Extraordinária terá um efeito médio de 10,3%.
Em nota, a Coelce informou que o reajuste para os consumidores de baixa tensão será de 9,05%. Já para os clientes de alta tensão e média tensão, o índice será em torno de 12,9%, "principalmente porque esses consumidores têm na composição de sua fatura uma parcela maior associada ao consumo de energia, quando comparado ao residencial". O novo índice passa a valer a partir de segunda-feira (2).
De acordo com o diretor de Regulação da Coelce, José Alves, a revisão é necessária para cobrir o aumento dos custos com a compra de energia dos geradores, principalmente em função da situação hidrológica desfavorável do País.
Além disso, a revisão também reflete o aumento das despesas com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) - inclui, por exemplo, o subsídio da Tarifa Social de Energia Elétrica - que passaram a ser cobradas integralmente na tarifa de todos os consumidores no País.
"As tarifas de todas as distribuidoras vão passar a refletir este ano o real custo de geração de energia no Brasil", afirma.
Dentre as 58 companhias que tiveram a revisão aprovada, o efeito da RTE para a Coelce é o 14º menor. O percentual mais baixo é o da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), para a qual a RTE terá um efeito de 2,2%, segundo a Aneel. Já o maior percentual é para a AES SUL: 39,5%.
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