Os fatos negativos criados dentro do Governo Camilo Santana (PT) podem facilitar a caminhada da oposição, principalmente, do senador Eunício Oliveira (PMDB), rumo às eleições de 2018. Eunício dá sinais de que a derrota de 2014 ficou no passado, está bem na relação com a cúpula nacional do PMDB e revitalizado para novos embates no Ceará.
O primeiro fato gerado dentro do Governo Camilo e que dá munição para o líder peemedebista se inserir no debate é a suspensão temporária de obras do Aquário da Praia de Iracema. Entre os oposicionistas da eleição de 2014, Eunício foi o mais contundente ao condenar a construção do Aquário, uma obra de US$ 150 milhões e, a preços atuais, de R$ 540 milhões. O PMDB quer uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o alto volume de dinheiro aplicado até agora nessa obra.
Com os argumentos do passado e os desencontros do Governo do Estado sobre o Aquário da Praia de Iracema, Eunício disparou: “Além do bloco de oposição na Assembleia Legislativa, defendo que outros parlamentares, o Ministério Público, assim como representantes da sociedade civil também apoiem. Essa investigação é fundamental. Nosso bloco de oposição está unido por um Estado mais transparente, com mais respeito ao dinheiro público”, afirmou Eunício Oliveira.
Diferente dos oito anos do Governo Cid Gomes, o atual Governador Camilo Santana encontra uma oposição mais numérica, mais independente e com mais disposição para o enfrentamento. É a primeira vez que a oposição tem, em oito anos, a quantidade de votos suficientes para criar uma CPI e investigar eventuais irregularidades e erros da administração estadual.
O pedido de investigação das obras do Aquário representa, ao mesmo tempo, um teste de força do senador Eunício Oliveira que, ao ter o PMDB na linha de frente do pedido de CPI, precisa conduzir as articulações para a Comissão Parlamentar de Inquérito sair do papel. Se a articulação for atropelada pela força do Governo, Eunício sairá derrotado.
Hoje, porém, Eunício cumpre o papel de oposição ao estimular a discussão e propor, também, investigações sobre outras ações do Governo do Estado, com os investimentos de quase R$ 900 milhões em obras de infraestrutura e projetos para receber a refinaria Premium II, que estava projetada para o Complexo Portuário do Pecém. Em meio às denúncias de corrupção, a Petrobras cancelou a refinaria.
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