terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Movimento tenta tirar Eunício da corrida ao Governo

Um movimento articulado por setores do PT e PMDB tenta tirar o senador Eunício Oliveira da disputa ao Governo do Estado. O peemedebista, que pode se tornar dissidente da aliança com o PROS e o PT teve, nessa segunda-feira (03/02), o nome citado para assumir o Ministério da Integração Nacional.
A referência ao nome de Eunício Oliveira surgiu durante reunião de dirigentes nacionais do PMDB com a presidente Dilma Rousseff e marcou mais uma etapa de negociações da reforma ministerial. Um dos articuladores para uma possível saída honrosa do senador peemedebista da disputa à sucessão estadual é o deputado federal José Nobre Guimarães (PT). A missão de Guimarães é formar um palanque único no Ceará, unindo PMDB, PT e PROS.
Eunício tem mantido uma agenda de pré-candidato ao Governo do Estado e reafirmou em diferentes oportunidades que independente do apoio dos irmãos Ciro e Cid Gomes entraria na corrida ao Palácio Iracema. O ex-ministro e atual Secretário de Saúde do Estado, Ciro Gomes, já disse que o candidato a governador sairá dos quadros do PROS.
A declaração desagradou a aliados de Eunício que, ao invés de desanimar, colocou o pé na estrada e intensificou visitas aos municípios do Interior do Ceará. Senador na metade do mandato, Eunício não se manifestou sobre a referência ao seu nome para o Ministério da presidente Dilma Rousseff e, na semana passada, por meio da assessoria de imprensa, defendeu o cearense Francisco Teixeira na pasta da Integração Nacional. Quanto ao sonho de ser governador, Eunício o alimenta e se coloca como o candidato mais viável, em termos eleitorais, dentro do grupo liderado pelo Governador Cid Gomes.
A viabilidade eleitoral, como expõe o próprio Eunício Oliveira, está nas pesquisas de opinião pública que o colocam – entre os pré-candidatos da base governista, com a preferência dos eleitores para a sucessão de Cid Gomes. Os outros pré-candidatos são o vice-governador Domingos Filho, o presidente da Assembléia Legislativa, José Albuquerque, e o ex-ministro dos Portos, Leônidas Cristino – todos filiados ao PROS.
Em 2010, quando foi eleito senador, Eunício elegeu o projeto de se lançar, quatro anos mais tarde, ao Governo do Estado. Ao longo dos últimos três anos, fez é o dever de casa para quem alimenta sonhos na vida pública e política: manteve uma agenda intensa de visita aos municípios, desempenha bem o mandato no Senado, é assíduo nas reuniões de comissões técnicas e nas sessões plenárias e articula a liberação de recursos para o Governo do Estado e para os municípios.
Com essa estratégia, Eunício se consolidou como liderança e alternativa ao Governo Estadual. Agora, tirá-lo da sucessão estadual não é, para muitos, tarefa fácil. O peemedebista é considerado o nome mais forte para enfrentar o candidato do PROS à sucessão estadual e, ao invés de gerar prejuízos ao palanque de reeleição da presidente Dilma Rousseff no Ceará, acaba por fortalecê-lo como mais um cabo eleitoral. A mesma análise não vale para o esquema político dos irmãos Cid e Ciro Gomes que vêem a candidatura de Eunício Oliveira como estímulo a oposição e ameaça de um segundo turno nas eleições ao Governo do Estado. Um dos nomes da oposição é do ex-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa (PR), que atrai PSB, PSDB e setores do PT, PV e PRB.

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