Autodenúncia de um juiz

Muita gente compartilha nas redes sociais imagens de seu dia a dia, principalmente os momentos de lazer. Foi o que fez o juiz Marcelo Antônio Cesca: praia, namorada, bebida, óculos escuros e sorriso no rosto. Tudo bem, não fosse a seguinte mensagem: “Eu agradeço ao Conselho Nacional de Justiça por estar há 2 anos e 3 meses recebendo salário integral sem trabalhar (...) e por bebemorar tudo isso numa quinta-feira.” Cesca era juiz da 15ª Vara Federal, em Brasília, quando foi afastado com licença de saúde em junho de 2012. Requer agora a volta ao trabalho, diz que a mensagem não é deboche com o contribuinte que paga seu salário de R$ 24 mil e cobra do CNJ a autorização de seu regresso. Segundo ele, não o deixam reassumir a função “porque vou denunciar todos os juízes corruptos”. O CNJ, que já afastou 64 magistrados, afirma que o caso não é da sua competência, mas sim do “Tribunal Regional Federal da 1ª Região em processo que avalia a sua higidez laboral”.