Apesar de defender que está trabalhando em prol da manutenção da
aliança com o governador Cid Gomes, o senador Eunício Oliveira (PMDB)
afirmou, ontem, ser possível estabelecer uma aliança com o PSDB cearense
para a disputa pelo Governo do Estado, caso o candidato a ser definido
pelo arco de alianças protagonizado pelo PROS, PT e PMDB não atenda aos
critérios desejados pelo seu partido.
Eunício Oliveira garantiu, no entanto, que vai defender a reeleição da
presidente Dilma Rousseff, independentemente do cenário que venha a se
estabelecer no Ceará. O senador assegurou que nem mesmo a possível
aliança com o PSDB no Estado vai provocar mudança de pensamento no que
se refere à disputa pela presidência da República.
"Independentemente do que aconteça no Estado, vou votar na Dilma. Meu
partido pode estar de aliança com outros partidos que tenham outros
candidatos à presidente da República, mas vou votar nela. Eu estou nesse
projeto desde o tempo que o presidente Lula perdia eleição. Fui líder
dele, fui ministro, fui convidado para ser ministro da presidente Dilma.
Meu querido amigo e presidente do meu partido, Michel Temer, é
vice-presidente da República. Vou votar na Dilma", explicou.
O senador esclareceu que o PMDB cultiva boa relação com diversos
partidos e, por isso, não há nenhum obstáculo que impeça a legenda de
fazer alianças com as siglas que, hoje, não compõem o mesmo arco. "Assim
como eu acho que também é possível uma aliança do PROS com outros
partidos políticos", comparou o parlamentar.
Investimentos
Quanto ao critério defendido pelo PMDB para a sucessão estadual,
Eunício apontou que o candidato ao Governo do Estado deve ter uma forte
influência em Brasília para assegurar a atração de investimentos para o
Ceará e não hesitou em justificar que seu nome atende a essas condições.
"Foi no entendimento com a presidente Dilma que nós estamos colocando
mais R$ 8 bilhões de dinheiro para a saúde. A questão do endividamento
agrícola foi uma solução dada por mim, mas que deu certo pelo
entendimento com a própria presidente. Então, se você não tiver como
conseguir essas questões, isso não acontece", pontuou.
Ele ressaltou também que o PMDB não será intransigente no processo e
destacou que o partido pode apoiar o candidato de outra legenda caso o
arco de aliança apresente um nome que atenda esse critério, mas se esse
objetivo não for cumprido, o PMDB discutirá outro caminho.
"O PMDB tem o desejo de governar o Estado, mas não tem uma obsessão por
isso. O PMDB não é intransigente. O que o PMDB quer é discutir isso
altivamente. O Ceará precisa de um candidato que tenha tamanho e partido
para fazer essa interlocução direta com Brasília. Isso é fundamental".
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