O governador Camilo Santana (PT) anunciou, ontem, que as águas da Transposição do Rio São Francisco devem chegar ao Ceará até janeiro de 2018 e espera inaugurar o primeiro trecho do Cinturão das Águas até dezembro deste ano. De acordo com o petista, há possibilidade da empresa, responsável pela obra, “trabalhar de manhã, de tarde, de noite” para cumprir com o prazo e, assim, acelerar o restante entre os municípios Salgueiro (PE) e Jati (CE).
“Conversei com o ministro da Integração Helder Barbalho e o senador Eunício Oliveira para isso. Até porque, a transposição junto com o Cinturão das Águas representa uma segurança hídrica para o Estado no abastecimento de água para a população”, frisou ele, em entrevista à rádio Verdes Mares.
As obras foram retomadas em junho deste ano, após o Supremo Tribunal Federal (STF) intervir em uma disputa jurídica que envolvia o serviço.
Sobre a expectativa de conclusão da Cinturão das Águas, Camilo revelou acreditar que, até dezembro deste ano, os primeiros 52km da obra devem ser inauguradas. O Cinturão das Águas é uma das obras mais importantes para garantir o abastecimento de água no Cariri e para tornar mais eficiente a condução das vazões para a Região Metropolitana de Fortaleza.
Questionado sobre as ações referente amenizar a questão da crise hídrica no Estado, o governador destacou a perfuração dos poços longitudional do Aquífero Duna/Cumbuco, cujo primeiro ramal deverá começar a fase de teste em novembro.
“São novas alternativas que garantem água e esses poços, com tecnologia utilizada em petróleo-mês, estão entre elas. A meta é cavar mais dois, no Pecém e Taíba, até o próximo. eles, juntamente, com adutoras, outros poços, a dessalinização e, também, a transposição, vão garante o abastecimento humano, para a pecuária, agricultura e indústria”, citou ele.
A crise hídrica tem sido uma preocupação, sobretudo no interior do Estado. Inclusive, foi um dos temas exposto no encontro da Aprece (Associação dos Municípios do Estado do Ceará), que reuniu representantes da maior parte dos municípios cearenses, em Fortaleza. O presidente da entidade, Gadyel Gonçalves, relatou que “vários municípios estão em situação complicada” devido a seca, que aliada a crise financeira tende a agravar ainda mais as dificuldades enfrentadas pelos gestores.
Gadyel também esteve reunido com o presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Edilberto Pontes, para discutir soluções diante do problema enfrentado pelos gestores, referente a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Crise financeira
Ainda durante o encontro, Camilo Santana foi solidário a situação dos municípios. O chefe do Executivo propôs uma pactuação entre as três esferas de Governo, a fim de reorganizar-se para manter em dia os serviços da população. O governador disse também esperar um diálogo entre a União e os municípios, para que se encontre um caminho mútuo para solucionar a crise nas prefeituras de todo País.
“Diante disso, os municípios precisam atender as demandas. Tem municípios que gastam 35% da sua receita corrente líquida com saúde, muito além da previsão constitucional. É mais do que justa neste momento de dificuldade, o apelo”, frisou Camilo, que defendeu que as administrações se reinventem neste momento de baixa arrecadação. Ele lembrou ainda que as medidas adotadas pela União não têm tido a velocidade necessária para a retomada do crescimento econômico.
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