Em meio a críticas ao veto de empresas financiarem campanhas eleitorais, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Gilmar Mendes, disse, ontem, que o fundo de R$ 3,6 bilhões seria insuficiente para o custeio de campanhas de deputados em 2018, se o sistema eleitoral não for modificado.
Ele diz que em 2014 foram gastos pelo menos R$ 5 bilhões para as campanhas dos parlamentares e “logo, isso não seria suficiente para custear uma campanha nos mesmos termos”.
Ele diz que em 2014 foram gastos pelo menos R$ 5 bilhões para as campanhas dos parlamentares e “logo, isso não seria suficiente para custear uma campanha nos mesmos termos”.
“Por isso o meu temor de que nós comecemos a ter dinheiro ilícito de outras fontes”, disse Gilmar, citando que há dinheiro de narcotráfico em campanhas mexicanas. “O fundo público sustentará esse sistema e as doações de pessoas físicas serão suficientes ou nós vamos ter de novo uma enxurrada de caixa dois e tudo o mais?”, questionou o ministro, que também é membro do STF (Supremo Tribunal Federal), em evento sobre a reforma política.
‘Toma
Segundo o ministro, nas eleições de 2016, dentre 750 mil doadores, o TSE descobriu que 300 mil não tinham capacidade de renda para fazer a doação. Ele questiona: “Será que as empresas não estão usando essas pessoas para fazer a doação?”.
“Nós temos que de fato discutir o custeio da democracia, é inevitável. Se nós colocarmos isso em um plebiscito, certamente vamos ter respostas como: não se quer fundo público e não se quer também financiamento corporativo. Então a pergunta básica é: como fica?”, indagou. Depois, a jornalistas, voltou a afirmar que o modelo de financiamento -no caso, retorno do financiamento privado- já passou na Câmara e precisa ser discutido no Senado.
Gilmar voltou a defender um “semiparlamentarismo”, com um presidente como chefe de Estado, e disse que discutiu isso com o presidente Michel Temer em reunião no sábado (18).
Segundo o ministro, nas eleições de 2016, dentre 750 mil doadores, o TSE descobriu que 300 mil não tinham capacidade de renda para fazer a doação. Ele questiona: “Será que as empresas não estão usando essas pessoas para fazer a doação?”.
“Nós temos que de fato discutir o custeio da democracia, é inevitável. Se nós colocarmos isso em um plebiscito, certamente vamos ter respostas como: não se quer fundo público e não se quer também financiamento corporativo. Então a pergunta básica é: como fica?”, indagou. Depois, a jornalistas, voltou a afirmar que o modelo de financiamento -no caso, retorno do financiamento privado- já passou na Câmara e precisa ser discutido no Senado.
Gilmar voltou a defender um “semiparlamentarismo”, com um presidente como chefe de Estado, e disse que discutiu isso com o presidente Michel Temer em reunião no sábado (18).
‘Tomataço’
O ministro foi alvo de manifestantes no evento. Antes de Gilmar entrar, o empresário Ricardo Roque foi expulso do local porque carregava uma mochila de tomates podres e prometia fazer um “tomataço” contra o ministro.
O ministro foi alvo de manifestantes no evento. Antes de Gilmar entrar, o empresário Ricardo Roque foi expulso do local porque carregava uma mochila de tomates podres e prometia fazer um “tomataço” contra o ministro.
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