segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Advogado diz que Moro prova do próprio veneno


O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, defendeu, ontem, que seja investigada a acusação de que um advogado amigo do juiz Sergio Moro intermediou negociações paralelas com a força-tarefa da Operação Lava Jato.
Rodrigo Tacla Duran, ex-advogado da Odebrecht, afirmou que o advogado trabalhista Carlos Zucolotto Junior, amigo e padrinho de casamento do magistrado que coordena a Lava Jato em Curitiba, propôs facilidade a ele em um acordo de delação premiada.
“Eles [força-tarefa] abririam uma investigação se fossem acusações relacionadas a qualquer outra pessoa. Precisam ser coerentes”, diz Kakay, que defende na operação clientes como os senadores peemedebistas Romero Jucá e Edison Lobão.
“Sou um crítico dos excessos da Lava Jato desde o início. Os abusos podem começar a bater também em quem os comete. O veneno pode se voltar contra aqueles que cometem os excessos”, diz o criminalista.
Moro disse que a alegação de Duran é falsa. Zucolotto negou ter elo com a Lava Jato.
Em nota publicada em uma rede social, Kakay diz que deve se “dar ao Moro e aos procuradores a presunção de inocência, o que este juiz e estes procuradores não fariam”.

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