O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), comunicou ao presidente Michel Temer que possíveis propostas de aumento de impostos não serão aprovadas pelo Congresso Nacional. Nos últimos dias cresceram as especulações dando conta de que, para cobrir o rombo das contas públicas, o Governo Temer enviaria propostas de aumento de impostos para aprovação da Câmara e do Senado Federal.
“Desde a quinta-feira vimos ponderando e dizendo que não aceitamos criação de novos impostos ou aumento dos já existentes. O presidente Michel Temer compreendeu que seria uma alternativa difícil de aprovar e abriu mão dessa opção. Não podemos concordar com aumento da carga tributária”, afirmou o senador peemedebista.
Eunício participou, na noite de domingo (13), de reunião no Palácio do Jaburu entre o presidente da República, Michel Temer, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia e os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles e do Planejamento, Dyogo Oliveira.
Encontro
No encontro foram fechadas as novas metas fiscais, os cortes de gastos governamentais e, principalmente, a desistência de aumentar tributos. A desistência ocorreu diante do fato do presidente do Senado reiterar que o Congresso Nacional não aprovará a alternativa.
O presidente do Senado afirmou que o convencimento da equipe econômica do Governo de abrir mão de novas fontes de receitas para cobrir o déficit não foi fácil. “Tive que ser muito firme com o ministro [Henrique] Meirelles e com o ministro Dyogo [Oliveira]. Fiz com que eles percebessem a impossibilidade de aumentar impostos. Não é porque o governo tem seus problemas fiscais, seus aperreios, que o povo deva ser penalizado e pagar mais impostos”, revelou Eunício.
Contas públicas
As contas públicas de 2017 e 2018 fecharão no vermelho, segundo informações do Planalto, assim como aconteceu em 2016, quando a conta ficou negativa em R$ 159,5 bilhões. A equipe econômica trabalhava com metas menores de déficit para este ano (R$ 139 bilhões) e 2018 (R$ 129 bilhões).
Segundo Eunício, o corte de gastos da União deve ficar em torno de R$ 73,9 bilhões.”O governo aceitou cortar ainda mais suas despesas e praticar gestão responsável dos recursos públicos. O presidente aceitou minhas ponderações e determinou à área econômica corte e até o aumento da meta fiscal. Não seria o caso de aumentarmos impostos para o trabalhador brasileiro”.
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