Reportagem publicada na edição deste domingo (11) do Estado de S. Paulo, mostra que o Bolsa Família, intocável programa social do governo, vai entrar na mira da tesoura. Segundo o relator-geral do projeto de Orçamento da União 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), não será incluído na proposta os recursos previstos com a arrecadação da nova CPMF e avisa que, para compensar, não terá "dó" de cortar recursos do programa do governo. Para ele, pode haver espaço para enxugar o Bolsa Família porque há "fraude" no programa.
Beneficiando cerca de 13,8 milhões de famílias, o programa de transferência de renda sempre foi blindado dos corts orçamentários e, no próximo ano, deverá custar R$ 28,8 bilhões. O pagamento médio por família é de R$ 164. Para tirar o orçamento do déficit, o governo já prometeu uma série de cortes em programas sociais no valor de R$ 25,5 bilhões.
Ricardo Barros disse que pedirá uma "opinião" do governo e de prefeitos, responsáveis por organizar cadastros. Ele quer saber se há espaço de enxugamento no Bolsa Família. Para o deputado, o programa pode passar por uma reavaliação. O Bolsa Família foi criado pelo governo Lula em 2004 como junção de uma série de programas sociais.
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