Requerimento que visa discutir a jornada de trabalho dos profissionais de segurança é aprovado por unanimidade
Em
audiência pública, ontem (15/04), na Comissão de Segurança Pública e
Combate ao Crime Organizado, foi colocado em pauta e apresentado o
requerimento de Nº 21/2015 de autoria do Deputado Federal Cabo Sabino e
subscrito pelo Deputado Federal Major Olímpio, que requer a solicitação
audiência pública, visando discutir a jornada de trabalho dos policiais e
bombeiros militares estaduais do Brasil, foi aprovado por unanimidade.
Com
objetivo de tratar a questão dos profissionais de segurança pública
que, atualmente, vivem em regime de escravidão, o requerimento busca
reunir parlamentares e profissionais para discutirem a situação desses
militares. Permitindo aos parlamentares o conhecimento da realidade de
como eles vivem, através de relatos pessoais.
De
acordo com Cabo Sabino, o regime atual dos profissionais de segurança
pública é de sem-escravidão branca. Apenas quatro Estados no país terem a
jornada de trabalho regulamentada em Lei, as demais são baseadas em
escalas. “Esses homens são escalados no dia que querem, quando querem e
como querem, ficam ao critério dos comandantes das unidades que sempre
utilizam da falta de efetivo para sobrecarregar os ativos no combate da
violência no nosso país. Estes homens e mulheres não podem pagar pela
ausência do estado, pela falta de efetivo, trabalhando por dois e
ganhando por um”, destaca o deputado.
Ainda
em discussão, Cabo Sabino afirma que há relatos onde vários estados
encontram-se nessa situação. Já nos destacamentos, que são os municípios
do interior do Estado do Ceará, os militares trabalham em média de 96
horas semanais. “Não podemos mais aceitar a permanência desses homens,
sendo escravizados todos os dias, precisamos solicitar aos Secretários
de Segurança dos Estados a apresentação de soluções”, finaliza.
Sendo
parabenizado pela iniciativa, Cabo Sabino foi elogiado pelos
parlamentares presentes, no qual deram total apoio e solicitado à
inclusão das demais categorias, sendo assim, o requerimento abrange além
de policiais e bombeiros, também policiais civis, guardas municipais,
agentes penitenciários, policiais federais e policiais rodoviários
federais.
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