A disputa por assentos nas casas legislativas ficou mais acirrada nestas eleições, principalmente para os candidatos que tentam assegurar a vaga na Assembleia. No entanto, embora continue a ser a cadeira mais disputada nas eleições proporcionais do Estado, com a concorrência 30% maior que nas últimas eleições, serão os candidatos a deputado federal que enfrentarão uma disputa 70% mais competitiva do que foi em 2010.
O levantamento feito pelo Diário do Nordeste tem como base os dados das candidaturas divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e levou em consideração apenas os candidatos cujos pedidos de registro tenham sido deferidos, estejam em julgamento ou ainda que haja recurso contra a decisão do TRE. Foram excluídas do levantamento as renúncias e as candidaturas que tenham sido indeferidas.
Com 22 vagas para o Estado, a concorrência para a Câmara dos Deputados neste ano são 8,9 candidatos para cada assento, enquanto nas últimas eleições foram 5,2. Neste ano, 196 candidatos poderão disputar o assento em Brasília, 81 a mais do que em 2010, quando 115 candidatos estavam aptos para concorrer ao cargo.
Já para conquistar uma das 46 cadeiras da Assembleia, os postulantes enfrentarão uma concorrência de 12,4 candidatos por vaga, enquanto em 2010 eram 9,6. Conforme os dados do TSE, 572 candidatos tiveram os pedidos de registro de candidatura deferidos ou ainda estão recorrendo da decisão na Justiça para disputar neste ano, enquanto nas eleições passadas 442 candidatos (130 a menos) competiram por um assento da Casa.
Em um esforço para garantir representatividade na bancada estadual, partidos que têm poucos ou nenhum filiado na Assembleia apostaram no registro de grande quantidade de candidaturas para que somem votos para a legenda, o que conta para o cálculo do quociente eleitoral e partidário. Neste ano, apenas os cinco partidos com mais candidaturas somaram 38% do total lançado por 31 partidos.
Siglas como o PSC, com 59 candidatos, o PTC, com 53, o PEN e o PSOL, com 35 cada, e o PTN, com 32, que não têm nenhum representante na Assembleia, têm mais candidatos do que partidos que possuem as maiores bancadas na Casa atualmente, como PROS, PT, PSD, PDT e PMDB, que concorrem, respectivamente com 19, 14, 7, 30 e 26 candidatos.
Em 2010, dos 50 candidatos lançados pelo PTN, apenas o deputado Júlio César foi eleito. O DEM, que lançou o segundo maior número de candidaturas, com 31 postulantes, também só elegeu um parlamentar (Idemar Citó), mas conseguiu formar uma bancada de três deputados com a adesão de João Jaime e Téo Menezes, que deixaram o PSDB e migraram para o partido durante o mandato. O PR, com 30 candidatos, elegeu apenas Fernanda Pessoa.
Já na disputa pelos assentos da Câmara dos Deputados, o PSB foi o partido que lançou o maior número de candidatos ao cargo nesta eleição, com 25 postulantes. Em 2010, a sigla conseguiu eleger quatro deputados (Ariosto Holanda, Balman, Domingos Neto e Edson Silva) dos cinco candidatos que lançou, mas perdeu toda a representatividade na Casa quando os parlamentares, no ano passado, migraram para o PROS.
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