A presidente do PT, senador Gleisi Hoffmann, convocou para próximo domingo, 27, atos de lançamento da candidatura presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde 7 de abril na sede da Polícia Federal, em Curitiba. O anúncio de Gleisi vai na contramão de uma ala petista que defende aliança com Ciro Gomes (PDT).
De resto, discute-se internamente a conveniência de antecipar a divulgação do nome do candidato a vice. Nesta quarta-feira, Gleisi e Fernando Haddad, escalado por Lula para coordenar a elaboração de um programa de Governo, reúnem-se com governadores petistas para discutir os próximos lances da campanha. Planeja-se estruturar um núcleo de coordenação. A ideia é dar ares de fato consumado à candidatura de Lula, espantando o debate sobre Plano B.
Nesse contexto, a escolha do vice pode ser o fato mais importante a ser produzido pelo petismo nesta fase de pré-campanha. Dá-se de barato no Tribunal Superior Eleitoral que o registro da candidatura de Lula, a ser requerido em agosto, será impugnado com base na Lei da Ficha Limpa. O que forçará o PT a indicar um outro candidato. O mais lógico seria que Lula entregasse ao potencial substituto, desde logo, o título de número dois da chapa.
Preso desde abril, Lula manteve-se no topo das pesquisas. De acordo com o Instituto Datafolha, ele também preservou seu condição de bom transmissor de votos. Nada menos que 30% dos eleitores afirmaram que votariam em um nome indicado pelo pajé do PT. Daí a relevância do vice. Normalmente, a posição costuma ser oferecida a um partido aliado. Mas o PT não tem a perspectiva de firmar alianças. Por ora, o nome que parece desfrutar da preferência de Lula é o de Fernando Haddad.
Com informações do Uol Notícias
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