terça-feira, 22 de setembro de 2015

Ciro Gomes critica Aécio e FHC e vê ato de vingança do PSDB

Após confirmar a filiação ao PDT na última quarta-feira (16), o ex-ministro Ciro Gomes volta aos holofotes e em entrevista publicada na edição deste domingo (20) da Folha de S. Paulo acusa a oposição e o vice-presidente Michel Temer de apoiarem uma "escalara do golpismo" contra a presidente Dilma Rousseff. Ciro diz que o Brasil viverá "momentos tensos" de radicalização política se a Câmara autorizar a abertura de um processo de impeachment. 


Folha: ­ Como o sr. vê a articulação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff?
Ciro Gomes ­ A democracia está ameaçada pelo golpismo. Está acontecendo uma escalada do golpe com apoio da oposição, que não aceitou o resultado das eleições. Não gostar do governo não é causa para impeachment. Isso é um mecanismo raro, a ser usado em caso de crime de responsabilidade imputável direta e dolosamente ao presidente.


Ninguém tem nada disso contra a Dilma.Seria muito caro o preço de uma interrupção do mandato. É só olhar a Venezuela. Quem produziu aquele quadro lá foi esse tipo de antagonismo odiento. O país vai viver momentos tensos e graves, vizinhos à violência, por causa desses loucos.

Quem iria às ruas defender o mandato de Dilma?
Estarei na primeira fila. Muitos brasileiros vão se perfilar. Não é para defender a Dilma, é para defender a regra. Veja o que já aconteceu quando um mandato foi interrompido por renúncia, suicídio ou impedimento.

O impeachment pode ser a catarse de quem está zangado, mas no dia seguinte os problemas serão os mesmos. Só que agora o PT, a CUT e os servidores estarão em pé de guerra com um presidente sem legitimidade.

Uma parte das pessoas está nisso de boa fé porque não sabe que quem assume é o vice, Michel Temer, que é do PMDB e amigo íntimo do Eduardo Cunha. Mas tem pessoas de muita má ­fé.

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